Renan Barreiros no Allianz Parque (FOTO: Reprodução)
O palmeirense Renan Barreiros, 24 anos, mobilizou torcedores ao fazer uma reclamação nas redes sociais após o jogo contra o Goiás, domingo, no Allianz Parque.
Cadeirante, ele não conseguiu acesso aos setores mais populares da arena - Cadeira Superior e Cadeira Gol Norte - e se sentiu injustiçado por ser obrigado a pagar mais caro devido à sua necessidade especial. O clube discute alternativas para esse público.
Após conversas com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, a WTorre decidiu não abrir o espaço destinado às pessoas com necessidades especiais no Gol Norte por questões de segurança.
Os cadeirantes ficariam logo abaixo das faixas das torcidas organizadas e teriam a integridade física posta em risco em caso de confusão. No anel superior, o acesso não é liberado porque esses torcedores teriam dificuldades caso o Allianz Parque precisasse ser evacuado rapidamente.
O portador de necessidades especiais paga meia, assim como seu acompanhante. Se esses dois setores estivessem disponíveis, Renan pagaria R$ 40 para ficar no Gol Norte ou R$ 50 para o anel superior. Sobraram, no entanto, bilhetes de R$ 60 (Gol Sul), R$ 70 (Central Leste) e R$ 85 (Central Oeste). Ele argumenta:
- Estava com ingresso de Cadeira Superior, dado por um amigo, e me realocaram para o Gol Sul. Assisti ao jogo sem problemas, mas me avisaram para passar a comprar Cadeiras Centrais ou Gol Sul, porque não vão mais realocar. A injustiça, para mim, é um cidadão comum poder comprar o popular e eu não.
O clube discute a possibilidade de adotar uma precificação à parte para este público, dando a ele acesso aos valores mais populares. Não há definição ou prazo para esta medida.
Facilidade para quem virar sócio-torcedor
Na conversa com o L!, Renan Barreiros também reclamou por ser obrigado a ir até a bilheteria para comprar ingresso. A partir do jogo contra o Internacional, dia 4 de junho, o cadeirante que for sócio-torcedor poderá fazer a compra pela internet, no site da Futebol Card.
Mesmo assim, o torcedor terá que imprimir um voucher e levá-lo pessoalmente à bilheteria para trocá-lo por um ingresso. A medida serve para evitar fraudes, com torcedores "comuns" usando documentos de pessoas com necessidades especiais para pagarem meia-entrada.
Agora, o cadeirante poderá ir ao estádio somente no dia do jogo e com o ingresso já assegurado.
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