Jogadores se consideram mais culpados pela má fase e Oswaldo de Oliveira parece concordar
Diante da pressão da torcida pela saída de Oswaldo de Oliveira, os jogadores adotaram o discurso de que são mais culpados pelos três jogos sem vitória do que o técnico, e o comandante parece concordar. Entre as justificativas para as más atuações, está até um abalo psicológico pela perda do título paulista nos pênaltis, há quase um mês.
“Não é uma questão de mudar sistema tático, é uma questão de os jogadores voltarem a se encontrar. Este mesmo time jogou bem contra Corinthians, São Paulo e Santos no Paulista. O problema é que alguns jogadores se abateram depois da perda do título, algumas contusões aconteceram. Isso cresceu à medida que os gols não foram acontecendo”, enxergou Oswaldo.
A declaração expõe que o técnico não abre mão do 4-2-3-1 que tem sido facilmente marcado até pelo ASA, da terceira divisão do Brasileiro. Os jogadores parecem concordar. Se a bronca do diretor de futebol Alexandre Mattos diante da imprensa no treino de segunda-feira desagradou, o apoio a Oswaldo faz com que os jogadores assumam a responsabilidade pela má fase.
“Não é por ser 4-2-3-1, 4-4-2, 3-5-2 ou 3-6-1 que não conseguimos vencer os jogos. O problema é nosso, temos que melhorar tecnicamente. Sabemos que a confiança sai um pouco porque os resultados não vêm e é claro que o Oswaldo tem sua parcela de culpa, mas é menor do que a dos jogadores”, disse Fernando Prass.
“É cedo porque estamos trabalhando há cinco meses e o que o Oswaldo fez no Paulista, e vem mostrando com seu trabalho e a pessoa que é... Mas a torcida cobra com razão quando as vitórias não vêm e o Oswaldo é experiente, vai saber lidar muito bem com essa situação.
Ele é o menos culpado porque não entra em campo. Vamos jogar por ele e por nós no domingo, a resposta tem que partir dos jogadores”, falou Cleiton Xavier, pensando no clássico contra o Corinthians, em Itaquera.
Uma demissão de Oswaldo, porém, não geraria surpresa. “O treinador é o comandante, escolhe os jogadores, dá as condições e treina. Depois somos nós que precisamos dar a resposta. Não dá para ver uma culpa maior no treinador do que nos jogadores. Não sei o que se passa na cabeça do Oswaldo e dos dirigentes. Mas volto a dizer: a culpa não é do Oswaldo, muito longe disso”, insistiu Prass, vendo o técnico manter sua serenidade.
“Estou aqui para resolver o problema, e não agravar. Se eu perder o equilíbrio e não olhar com calma, não estarei cumprindo com a minha obrigação.
Temos a consciência de tudo que fazemos e buscamos. Nos últimos jogos, tivemos o domínio e criamos oportunidades, só não estamos com confiança, talento e equilíbrio para fazer o gol. Mas tenho certeza de que as coisas vão se organizar e o Palmeiras voltará a jogar bem e vencer”, apostou Oswaldo.
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