Mantido, formato do Paulistão é criticado e Santos pede união em prol de mudança

Cicinho, do Santos, e Fernando Prass, do Palmeiras, afirmaram que não há vantagem ao time com melhor campanha. Formato será mantido no ano que vem

Santos foi derrotado pelo Ituano na final do Campeonato Paulista 2014. Foto: ERGIO BARZAGHI / Gazeta Press



Um dia depois do presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Marco Polo Del Nero, confirmar a mesma fórmula de disputa do Paulistão para 2015, jogadores e dirigente reforçaram as críticas ao atual formato.



O Santos, que já havia demonstrado descontentamento com o regulamento antes mesmo de ser vice-campeão, deve entrar com o pedido de alguns “ajustes” para a competição.



O que mais incomoda os jogadores é que o time com melhor campanha durante a primeira fase acaba não tendo benefícios no mata-mata, já que na final não joga por dois empates – como é nos principais campeonatos como Carioca, Gaúcho e Mineiro.



“Fizemos a melhor campanha do Campeonato Paulista para que pudéssemos ter vantagens na final, mas acabou que não tivemos nenhuma, porque não jogamos em casa e nem tivemos a vantagem do empate que os outros campeonatos têm.



O regulamento do campeonato, ao meu ver, não foi justo”, disse o lateral-direito do Santos, Cicinho.



“Na minha opinião, o regulamento não é o ideal. Acho que não deveria ser somente um jogo na fase semifinal e não deveria jogar o que tem a melhor campanha sem vantagem nenhuma. Teria de ter dois jogos de benefícios a quem tem a melhor campanha. Só que ninguém pode reclamar nada porque tem o conselho arbitral, o regulamento é aprovado por todos (os clubes), então se foi assinado por todos não tem do que reclamar”, discursou Fernando Prass, goleiro do Palmeiras.



O ponto levantado pelo palmeirense realmente aconteceu. Em outubro do ano passado, 19 dos 20 clubes da Série A1 do Paulista votaram a favor do modelo.



O único que foi contrário à decisão foi Marcos Chedid, presidente do Bragantino, que defendia o sistema de pontos corridos.



Santos, que naquela ocasião já era representada por Odílio Rodrigues, foi um dos que votou a favor.



O presidente do clube, no entanto, revelou que os quatro grandes paulistas – Santos, Corinthians, Palmeiras e São Paulo – tentaram fazer com que o melhor time tivesse a vantagem do empate nas finais, mas não foram atendidos pela FPF.



“Eu acho que temos de nos reunir com os clubes. Nós (Santos) temos algumas críticas e algumas sugestões para o próximo campeonato, porque esse já passou.



Os clubes grandes pretendiam que quem tivesse tido vantagem na fase classificatória jogasse por dois empates, mas não conseguimos prevalecer isso. Então, eu acho que agora é questão dos clubes se unirem e reunirem para tentar melhorar o campeonato”, declarou Odílio ao iG Esporte.



Uma mudança do regulamento do Campeonato Paulista teria de ser pleiteado o Ministério Esporte, uma vez que o Estatuto do Torcedor exige que o regulamento de uma determinada competição seja mantida por ao menos dois anos.

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