Oswaldo repete “nó-tático” do Paulista e mostra um 4-2-3-1 mais flexível no Palmeiras

31/5/2015 21:00

Oswaldo repete “nó-tático” do Paulista e mostra um 4-2-3-1 mais flexível no Palmeiras

A expectativa gerada para o Derby era grande.



Oswaldo de Oliveira sofrera muitas críticas pelo esquema 4-2-3-1; No primeiro tempo perfeito no Derby, o Palmeiras jogou no....4-2-3-1. O que mudou foi a EXECUÇÃO, que é o que realmente importa. Veja no frame que Valdívia na referência de uma linha formada por Rafael, Zé e Kelvin. Ou seja, o desenho é o mesmo: 4 na defesa, 2 volantes 3 meias, 1 atacante.







O problema não era o esquema, é a forma de executar. Para você entender melhor, pense no esquema tático como a forma de um bolo. Você já viu algum bolo sair murcho pelo formato da forma? É a mesma coisa no futebol: times não ganham ou perdem pelo esquema, mas sim pela forma como esse esquema é jogado. Esse campinho aí embaixo de nada serve sem uma explicação mais profunda.







E como foi executado esse 4-2-3-1 que massacrou o Corinthians? Não é complicado: Oswaldo optou por colocar Valdívia (e Zé Roberto alternando) como um autêntico falso-9. Sem a bola, o camisa 10 ficava na referência. Com ela, ele recuava perto de Gabriel e Arouca e armava o time, que tinha o camisa 5, laterais e pontas passando. O primeiro gol saiu exatamente assim, como na imagem.







Você já leu no Painel Tático que o Corinthians tem problemas na saída de bola com Ralf...e quando o Palmeiras marcava o Timão, sufocava todo mundo, menos...Ralf. Oswaldo e sua comissão de análise de desempenho viram, estudaram e treinaram isso. Resultado: o Timão ficou sem saída qualificada e sobravam os chutões. E outra coisa: olha o 4-2-3-1 do Palmeiras de novo aí na imagem. Viu como o problema não era esquema?







O Verdão continuava apostava na velocidade e rapidez de movimentos para surpreender o Corinthians. O antídoto para a conhecida compactação do adversário eram as inversões de posição e a projeção de Arouca. E o 4-2-3-1? Esquemas táticos servem como uma base, um apoio. O importante é a forma como o time SE MOVIMENTA. Olha a "bagunça" premeditada no frame abaixo







Tite enxergou os problemas e trocou Ralf por Mendoza, mandando Petros para a volância. O 4-2-3-1 foi mantido, mas a execução dele mudou: Mendoza fazia o facão e Renato e Jadson tinham mais opções de passe. O Timão começou a amassar o Palmeiras, que se compactou em seu próprio campo.







Mesmo com posse e volume, poucas chances. Porque o futebol é um jogo de ESPAÇOS. Se você ataca, precisa criá-los. Se defende, precisa neutralizá-los. O Corinthians atacava, mas não criava espaços...o que o Palmeiras aproveitava nos velozes contragolpes e muitos gols perdidos. Com Edílson e Danilo, mais pressão num 4-4-2...e menos espaços, mais valioso que qualquer esquema mirabolante ou termo técnico.







O Derby é mais uma excelente oportunidade pra deixar de culpar esquema, treinador, sorte e entender, de fato, o funcionamento do futebol. Para o Palmeiras, a frase de 26 de março aqui no Painel Tático continua válida: "Hora de comemorar e deixar Oswaldo de Oliveira trabalhar em paz".













13215 visitas - Fonte: GE

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