Jogadores do Palmeiras agradecem à torcida após vitória no Dérbi (Foto: Miguel Schincariol/LANCE!Press)
A arena de Itaquera é um ambiente hostil para os times que vão enfrentar o Corinthians. Em 2015, o Palmeiras não sentiu tantas dificuldades na casa do arquirrival. Assim como na semi do Paulista, o Verdão neste domingo jogou bem, e o Dérbi serviu como um recado de Oswaldo a seus críticos.
Diante da má fase de Leandro Pereira e Cristaldo, o técnico decidiu colocar acertadamente Rafael Marques à frente, como no último clássico diante do Corinthians. Ajudado pela ótima partida do camisa 19, o Alviverde desde o início deu muito trabalho.
O tradicional 4–2–3–1 em muitos momentos tornou-se 4–2–4, com Rafael na esquerda, Zé Roberto e Valdivia por dentro e Kelvin aberto na direita. Se o time continua chutando pouco, a tática era apostar na movimentação dos quatro na frente, apoiados por Arouca e os laterais.
O Corinthians chegava especialmente quando o Verdão errava na saída de bola, mas com o camisa 5 o Palmeiras a proteção à zaga é feita de forma muito melhor e as chances alvinegras foram, assim, minimizadas.
Valdivia brigou pela bola, abriu para Kelvin, que cruzou na cabeça de Rafael Marques: 1 a 0 Verdão. O enredo era bem similar ao da semi do Estadual, quando o Verdão também saiu na frente, mas naquele jogo o Corinthians virou ainda no primeiro tempo. Em jogada toda de Valdivia e Zé Roberto, o camisa 11 evitou que isto se repetisse, ampliando a justa vantagem palmeirense.
Na volta do intervalo, Tite colocou o Corinthians à frente, e a principal meta palmeirense era evitar a pressão alvinegra no início da segunda etapa. Apesar de alguns sustos, o time conseguiu isto. E então Zé e Valdivia voltaram a ditar o ritmo do jogo. Em passe do camisa 10, que pode ter feito seu último jogo pelo clube, o quarentão (rendendo muito mais no meio do que na lateral) quase fez 3 a 0.
O Mago, em uma fase muito mais de coadjuvante neste ano, fez um jogo que lembrou seus bons momentos no Verdão. Na etapa final, prendeu a bola, cavou faltas e fez aquilo que sempre se espera dele. Ele agora segue para a Copa América, e dificilmente volta a atuar, já que seu contrato vence em agosto, e as negociações estão paradas.
Com ou sem Valdivia, Oswaldo fez o Palmeiras realizar outro bom Dérbi na arena do rival - o time jogou melhor durante a partida quase inteira e venceu bem. Aos poucos, os principais jogadores voltam a ficar à disposição, como Cleiton Xavier e Arouca. O trabalho do técnico é bom, e o Dérbi, que o clube não vencia há dez jogos, foi exemplo disto. A primeira vitória do Verdão no Brasileiro veio em grande estilo. O treinador merece tempo.
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