Oswaldo de Oliveira cumprimenta Rafael Marques após gol (Foto: Reginaldo Castro)
Oswaldo de Oliveira tem uma admiração por Rafael Marques desde
que ambos eram rivais no Japão. A relação, porém, tornou-se mais próxima quando o técnico começou a trabalhar com o atacante no Botafogo, em 2012.
Depois de um ano "separados", os dois se reencontraram no Palmeiras, e o camisa 19 tem sido decisivo no trabalho do técnico, com quem tem uma relação de confiança.
No domingo, ele foi um dos melhores em campo na vitória sobre o Corinthians por 2 a 0 (com gol seu) e consequentemente aliviou a pressão sobre o comandante, que poderia até cair após o Dérbi em Itaquera.
Nos primeiros meses de Rafael no Bota, foi Oswaldo quem defendeu o jogador, muito criticado por não fazer gols. Embora centroavante de origem, Rafael não se sente confortável na função, e quando passou a jogar aberto, ou até na meia, deslanchou, tornando-se, em 2013, um dos responsáveis por levar o clube à Libertadores.
– O Rafa sentiu quando ficou em jejum no Botafogo, mas o Oswaldo sempre esteve convicto e passou isso para o grupo. Dei o passe para o primeiro gol dele lá... Nossa! Parecia que eu tinha feito o gol. Ele virou o homem-clássico lá e aqui está sendo importante também – disse o volante Gabriel, companheiro no Botafogo do jogador, e hoje também no Verdão.
Em 2014, o técnico assumiu o Santos, enquanto o atacante foi para o Henan Jianye (CHN). Oswaldo foi demitido do Peixe em setembro, e no início deste ano, ao chegar na Academia de Futebol, um de seus primeiros atos foi pedir a chegada do pupilo, que não se adaptara no futebol chinês.
Desde o início, o técnico já colocava Rafael entre os titulares no seu time ideal. Quando jogou com Leandro Pereira ou Cristaldo isolados à frente, o camisa 19 se acostumou a jogar aberto na direita, com liberdade para se movimentar. Mas com a má fase dos centroavantes, Oswaldo decidiu colocar Rafael à frente no Dérbi, ao menos na teoria. O atacante atuou pelo lado esquerdo, com liberdade para entrar na área. Foi assim que ele apareceu para, de cabeça, abrir o placar no clássico.
Elogiado por sua capacidade tática, exercendo esta função Rafael deu liberdade para que Zé Roberto e Valdivia chegassem, também, dentro da área. O Palmeiras, criticado por passar três jogos sem marcar, aproveitou-se de um “centroavante” móvel para ser de novo perigoso e dominar o rival em sua primeira vitória no Brasileiro.
A confiança de Oswaldo é tanta, que dos 20 jogos que fez nesta temporada, Rafael Marques foi titular em 13, e destes saiu só uma vez no segundo tempo.
Nos outros, ficou os 90 minutos. Como resposta, além de artilheiro no ano (junto com Cristaldo), o jogador retomou a fama de “Rei dos Clássicos”. A aposta do no pouco badalado reforço vai se mostrando certeira.
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Rafael Marques comemora seu gol contra o Corinthians, no último domingo (Foto: Reginaldo Castro)
OSWALDO E RAFAEL MARQUES
2012
A pedido de Oswaldo, Rafael chegou ao Botafogo em julho, e não fez gols no ano (foram 21 jogos de jejum). Apesar da pressão, sempre foi bancado pelo técnico. Imprensa e torcida o consideravam o “9” para a vaga de Loco Abreu.
2013
O técnico insistiu que Rafael rendia melhor pelo lado, e em março ele, que iniciou a temporada como reserva, findou o jejum, diante do Quissamã, com passe de Gabriel. Com isto, embalou: foi decisivo na campanha do título carioca e o artilheiro do time no ano, com 19 gols.
2015
Chegou após novo pedido de Oswaldo, e é um dos destaques do time. Na série de três jogos sem vencer, perdeu dois deles por conta de uma forte gripe. O técnico já fala em manter o time com Rafael na mesma função do último Dérbi.
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