Oswaldo brinca: 'Reforços bons para o Palmeiras seriam Ibrahimovic e Messi'

Oswaldo de Oliveira, técnico do Palmeiras



O técnico Oswaldo de Oliveira deve ganhar em breve mais reforços para o setor ofensivo do Palmeiras. A equipe alviverde tem tudo certo com o atacante Alecsandro, restando apenas a liberação do Flamengo, e também negocia com o argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios, do Montpellier-FRA. O treinador admite que gosta dos nomes, mas brinca: queria mesmo era o sueco Zlatan Ibrahimovic e o argentino Lionel Messi.



"Trabalhei com o Alecsandro por um jogo no Cruzeiro. Depois, ele saiu. Nos encontramos algumas vezes no Rio e sempre mantivemos a ideia de voltar a trabalhar juntos. Daí a minha ansiedade de que ele venha para o Palmeiras. Mas ainda tem que ser definido", disse Oswaldo, ao ESPN.com.br, durante visita aos canais ESPN para a gravação do programa "Bola da Vez".



"Sobre o Barrios, não tenho nenhuma informação, então não posso falar de algo que não sei. Sei que bom reforço, mesmo, seriam Ibrahimovic, o Messi, o Luis Suárez... Isso sem nem mencionar o Neymar", brincou o comandante.



Oswaldo também comentou a situação do meia Valdivia, que se apresentou nesta segunda-feira à seleção do Chile para a disputa da Copa América. O camisa 10 tem contrato até a agosto com o Palmeiras, e ainda não definiu se renova ou se deixa o Palestra Itália.



O treinador faz questão de dizer que torce pela permanência do chileno, mas admite que o "balcão de negócios" do futebol pode dar um destino diferente ao meio-campista.



"O futebol hoje é um grande balcão de negócios. Não se negocia hoje como se negociava antigamente. Existem os especialistas em negociação, que são o Paulo Nobre e o Alexandre Mattos, mas eu não sou. Meu ponto de vista é técnico, por isso fico à parte da história da renovação. Mas, do ponto de vista técnico, me interessa muito que o Valdivia permaneça", afirmou.



No bate-papo, o técnico ainda comentou o momento do Palmeiras após a vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians e reclamou da imagem que a mídia criou em cima do atacante Rafael Marques, jogador que vem sendo decisivo no elenco alviverde.



Veja a entrevista de Oswaldo ao ESPN.com.br:



ESPN: O Alecsandro já está fechado com o Palmeiras? Vê como bom reforço?

Oswaldo de Oliveira: Trabalhei com o Alecsandro por um jogo no Cruzeiro. Depois, ele saiu. Nos encontramos algumas vezes no Rio e sempre mantivemos a ideia de voltar a trabalhar juntos. Daí a minha ansiedade de que ele venha para o Palmeiras. Mas ainda tem que ser definido, não tem nada fechado.



ESPN: Ele também negociu com o Grêmio, mas ressaltou que gostaria de jogar no Palmeiras por sua causa. Como vê isso?

OO: Isso, para qualquer treinador, quando um jogador da envergadura dele manifesta o desejo de trabalhar junto é muito bom. Fico muito feliz com isso.





Ibrahimovic joga no PSG, da França



ESPN: Temos a informação de que Lucas Barrios, atacante da seleção paraguaia, também negocia. Também é bom reforço?

OO: Não tenho nenhuma informação, então não posso falar de algo que não sei. Sei que bom reforço, mesmo, seriam Ibrahimovic, o Messi, o Luis Suárez... Isso sem nem mencionar o Neymar (risos).



ESPN: Há duas semanas, você disse que precisava reduzir o elenco. No entanto, estão chegando mais jogadores. O que você fará?

OO: A gente reduz tirando os jogadores... (Faz pausa) Tem que ter experiência, e a gente vai procurando melhorar. Nossa ideia é sempre enriquecer o elenco, e não o contrário;



ESPN: Na semana passada, você deu muitas entrevistas sobre a pressão que estava passando, com possibilidade de deixar o cargo. No entanto, Paulo Nobre e Alexandre Mattos não se pronunciaram sobre o tema. Como você vê essa postura?

OO: Você quer puxar meu tapete também (risos)? Agora é hora de eu curtir um momento mais tranquilo, depois do resultado do final de semana. Não acho necessário que eles falem nada. Eles têm que agir da maneira que estão agindo. Eu me propus a falar porque começou a refletir muito nos jogadores, e o que eles fazem dentro de campo é de minha responsabilidade.



ESPN: Sobre o Valdívia, você já disse que gostaria de continuar contando com ele. Vê ele mais perto de ficar ou está difícil?

OO: O futebol hoje é um grande balcão de negócios. Não se negocia jogador hoje como se negociava antigamente. Existem os especialistas em negociação, que são o Paulo Nobre e o Alexandre Mattos, e eu não sou. Meu ponto de vista é técnico. Como não é minha especialidade, fico a parte. Do ponto de vista técnico, me interessa que o Valdivia permaneça



ESPN: Depois da vitória sobre o Corinthians, o Palmeiras vai embalar no Brasileiro?

OO: A gente sabe que não é assim. Tem um jogo quinta, outro domingo. No Brasileiro, são sempre jogos muito difíceis, mas espero que sim. Pela maneira que a equipe se portou, temos tudo para fazer partidas mais regulares.



ESPN: O que mudou do Palmeiras que ganhou fácil do Corinthians para o time que perdeu para o Goiás e empatou com o ASA em casa?

OO: O que não vinha funcionando era fazer gol. Fizemos dois contra o Corinthians e tivemos outras tantas oportunidades. O domínio com o adversário vinha acontecendo, inúmeras finalizações, número de faltas, escanteios, mais de 70% de posse de bola. Tudo isso mostra que a diferença, e teria mudado tudo, foi se a bola tivesse entrado. O resultado é preponderante e quando não acontece não existe argumento.



ESPN: Você vê o Palmeiras num estágio de time pronto para ser campeão brasileiro?

OO: Time pronto é time campeão. Nenhum time está pronto se não for campeão. Vamos ver isso no fim do ano. O que podemos avaliar nesse momento é a evolução, somar pontos e percebendo que a equipe está jogando melhor, marcando melhor, e essas coisas o Palmeiras tem mostrado. Espero que no fim do ano possamos dizer "esse é um time pronto".



ESPN: Como você vê esse G-4 do Brasileirão com Atlético-PR, Ponte Preta, Goiás e Sport, e times com Vasco, Flamengo e Cruzeiro na zona da degola?

OO: Não se pode pensar em G-4 com quatro rodadas, isso é absolutamente disforme. Em uma rodada, tudo pode mudar. Esse tipo de acompanhamento precoce não nos dá a realidade. Isso é só pra preencher espaço, para ter o que dizer. Daqui a 10 rodadas, quando as equipes tiverem se definido, e várias equipes tiverem se enfrentado veremos. Agora é muito irreal, não podemos avaliar sem ver começo meio e fim.



ESPN: Que mágica você fez para o Rafael Marques ter começado a jogar bem?

OO: Não fiz nenhum mágica. Ele é assim, sempre foi um bom jogador. Criaram uma imagem negativa do jogador gratuitamente, e, infelizmente, as pessoas criam estereótipos e não conseguem ultrapassá-los, porque não tem competência e porque não querem abrir mão do ponto de vista que tinham antes. Se as pessoas tivessem mais flexibilidade para admitir "estávamos enganados", seria mais fácil e você evitaria essa pergunta. Continuam insistindo em dizer o contrário e fica muito difícil... Essa coisa se arrasta desde o Botafogo, tenho que dizer sempre a mesma coisa. As pessoas poderiam começar a mudar, vendo as atuações dele no Botafogo e aqui. Não sou mais eu que tenho que fazer mágica.... As pessoas tem que ter a humildade de reconhecer que tiveram opiniões completamente equivocadas.

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