De saída para o Palmeiras, Alecsandro vive melhor fase após virar "trintão"

3/6/2015 11:31

De saída para o Palmeiras, Alecsandro vive melhor fase após virar "trintão"

Média do camisa 9 pelo Flamengo supera as registradas por Atlético-MG e Vasco. Despedida está prevista para sábado, diante da Chapecoense, no Maracanã

De saída para o Palmeiras, Alecsandro vive melhor fase após virar

Alecsandro faz graça para comemorar gol contra o Vasco (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)



A transferência de Alecsandro para o Palmeiras certamente fará muitos apaixonados pelo Alviverde torcerem o nariz. Não pelo desempenho dele no Flamengo, mas devido aos 34 anos. Já sofrera rejeição parecida quando fora apresentado pelo Rubro-negro. Longe de ter conquistado idolatria na Gávea, o camisa 9 também não decepcionou. E registrou sua melhor média de gols após virar trintão: 32 gols em 72 jogos (0,44).



Gols e questionamentos no Vasco



A primeira camisa a vestir após completar 30 anos foi a do Vasco. Embora a idade muitas vezes seja tratada pejorativamente como a que marca o início da queda de um jogador, Alecgol foi artilheiro (com cinco gols) e campeão da Copa do Brasil de 2011. Marcou nas duas partidas da final contra o Coritiba (vitória por 1 a 0, no Rio, e derrota por 3 a 2, no Paraná), sendo decisivo na conquista que encerrou jejum de oito anos na Colina. A temporada, porém, terminou com apenas 13 gols em 39 jogos. No Brasileiro, por exemplo, só três em 21 compromissos. Começaram os questionamentos.



De acordo com levantamento feito pelo site Futdados.com, em 2012, Alecsandro fez 12 gols no Carioca, três na Libertadores e 10 no Brasileiro. Foi bem, mas como o Vasco não chegou às fases decisivas dos principais campeonatos, acabou não ganhando tanto destaque. No total, 38 gols em 96 jogos pelo Cruz-Maltino, média de 0,39 por partida. Foi titular em 89 das 96 vezes (90,7% que entrou em campo como vascaíno).



Reserva de luxo no Atlético-MG



Na temporada seguinte, fechou com o Atlético-MG. Foi contratado para ser um reserva de luxo e acabou sendo titular em apenas 18 dos 50 jogos pelo Galo (36% do total). Marcou 11 gols, o que corresponde a sua menor média como trintão (0,22). De mais marcante o pênalti batido - e convertido - na decisão da Libertadores, contra o Olimpia.



Mais altos do que baixos no Flamengo



Chegou ao Flamengo para ser um reserva de peso de Hernane, destaque rubro-negro em 2013. Mesmo tendo iniciado do banco em cinco dos 13 jogos disputados no Carioca 2014, terminou como vice-artilheiro. Marcou 10 vezes, uma a menos do que o à época cruz-maltino Edmilson. No Brasileiro, deixou o seu na vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, partida que marcou o início da campanha contra a "confusão". Um afundamento facial, em triunfo contra o América-RN (1 a 0), encerrou o ano de Alecgol em 15 de outubro de 2014.



Na atual temporada, chegou a ir para o gol no empate por 1 a 1 com o Macaé. No jogo em questão, o da estreia rubro-negra no Carioca, venceu o trauma da contusão ao marcar de cabeça e ainda terminou como herói, substituindo Paulo Victor na meta flamenguista. PV, após duro choque, teve de sair, e o Fla já havia substituído três jogadores. Depois, cresceu após decidir clássicos contra Vasco (fez dois gols) e Fluminense (um) e lançar mão de comemorações exóticas. Contra o Cruz-Maltino, tomou um guarda-chuva de um fotógrafo. Diante do Flu, comemorou com uma máquina fotográfica.



A fonte secou, e Alecgol ficou sete jogos sem marcar. Do Fla-Flu da Taça Guanabara ao do domingo passado. Nesta terça-feira, o empresário do jogador, Oldegard Filho, disse ao Sportv que o atacante se apresentará ao Palmeiras na segunda-feira, após participar dos compromissos rubro-negros diante de Cruzeiro, nesta quarta-feira, e Chapecoense, no sábado. Mesmo que não faça gols contra mineiros e catarinenses, sua média seguirá superior às apresentadas por Vasco e Galo - ficaria em 0,43 (32 gols em 74 partidas).



Adeus de Alec representa economia no bolso, mas também de gols no Fla



O diretor de futebol Rodrigo Caetano disse que Alecsandro é um jogador em extinção. Um centroavante nato, como poucos hoje no futebol brasileiro. O interesse do Grêmio e do Palmeiras, que já conta com os serviços de Alecgol a partir de segunda-feira, não vieram à toa. Aos 34 anos, o experiente atacante tem a terceira melhor média de gols na década rubro-negra. Foram 32 gols em 74 jogos - até agora -, o que representa quase um gol a cada dois jogos (0,44). O "Brocador" Hernane está no topo dessa lista com 0,51 gol e Vagner Love, na passagem de 2012, com 0,46 gol, vem em seguida.





Alecsandro na chegada ao hotel em BH, onde Fla pega o Cruzeiro nesta quarta (Foto: Raphael Zarko / GloboEsporte.com)



Ainda que os números do jogador sejam positivos, Alecsandro nunca foi unanimidade. Foi assim no Inter, onde foi campeão da Libertadores, no Vasco - foi campeão da Copa do Brasil, em 2011, mas ficou se revezando com Elton no time titular durante a temporada - e no Atlético-MG, onde era reserva de Jô. Contestado ou não, absoluto ou não, ele segue fazendo seus gols.



Com personalidade forte, Alec é considerado um "jogador de grupo", chavão para dizer que é um atleta que ajuda mesmo se não for titular, que tem liderança positiva. Mas nos anos finais de carreira - assina com Palmeiras até o fim de 2016 - ele quer jogar. Para amigos, logo no seu início no Flamengo, o extrovertido jogador disse, com outras palavras, que seguiria atuando mesmo mais "velhinho", devido à concorrência não ser tão, digamos, desleal.



Olhando pela ótica da direção rubro-negra, porém, a saída de Alecsandro tem outro viés: contenção de gastos. O jogador não é barato. Seu salário é de cerca de R$ 250 mil. Como Guerrero chega para ser a estrela principal - e ainda há os altos salários de Marcelo Cirino e até de Eduardo da Silva -, Alec era uma peça "negociável", que representa uma boa economia na folha rubro-negra.



Melhores médias de gols por jogo dos atacantes na década:



Hernane - 87 jogos / 45 gols (0,51)

Vagner Love - 52 jogos / 24 gols (0,46) - números da segunda passagem

Alecsandro - 72 jogos / 32 gols (0,44)

Liedson - 10 jogos / 4 gols (0,4) - números da segunda passagem

Marcelo Cirino - 27 jogos/10 gols (0,37)

Deivid - 99 jogos / 31 gols (0,31)

Eduardo da Silva - 43 jogos / 13 gols (0,30)

Marcelo Moreno - 21 jogos / 5 gols (0,23)

Paulinho - 85 jogos / 13 gols (0,15)







4050 visitas - Fonte: Globoesporte.com

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