Cleiton Xavier precisa mostrar mais bola para justificar expectativa que criou e substituir seu colega mais caro
Valdivia está no Chile para disputar a Copa América e, como impõe problemas na renovação do contrato que acaba em agosto, pode nem voltar ao Palmeiras. Oswaldo de Oliveira já pensa em Cleiton Xavier como seu substituto, mas encara com o meia a mesma dificuldade de condicionamento físico do jogador mais caro do elenco.
Cleiton Xavier já teve dois problemas musculares em menos de quatro meses no clube e, como acabou de se recuperar do último deles, não poderá ser titular nesta quinta-feira, contra o Inter. “Vejo o Cleiton como substituto do Valdivia, mas não agora. Ele não está pronto para 90 minutos ainda”, enfatizou Oswaldo.
O camisa 8 tem sido uma frustração para o técnico, que nem o conhecia, mas parecia entusiasmado com a expectativa que a torcida criou pela volta do jogador.
Porém, após cinco anos na Ucrânia, Cleiton se queixou de incômodo muscular enquanto apenas treinava – não pôde ser inscrito na primeira fase do Paulista – e, após quatro jogos, passou a ser desfalque por um edema na coxa direita.
O meia não entrava em campo desde novembro, quando ainda estava no Metalist, e segue sem fazer nenhuma partida completa nesta temporada, tendo reestreado pelo Verdão em abril.
Após a última lesão, atuou por 22 minutos diante do ASA, na semana passada, mas nem saiu do banco na vitória no Derby de domingo, em Itaquera. A comissão técnica resolveu adotar cautela para não perdê-lo mais – como ocorre frequentemente com Valdivia.
“Tenho muito cuidado para falar e utilizar o Cleiton. Sentimos que ele estava se readaptando após tanto tempo na Ucrânia e, quando estava mais solto e tranquilo, se contundiu.
Passou agora novamente por um por um processo de recondicionamento e ainda precisa progredir. Vamos observar e procurar, dessa vez, fazer a coisa de uma forma que não tenha mais interrupção, que ele prossiga na equipe por mais tempo, sem risco”, informou Oswaldo.
Enquanto trabalha para dar condicionamento ao substituto de Valdivia, Oswaldo tenta mostrar esperança na permanência do chileno.
Mas o camisa 10 admitiu que o Derby em Itaquera pode ter sido sua despedida, já que impõe dificuldades para renovar: não aceita o modelo de produtividade (salário maior de acordo com a frequência) imposto pelo presidente Paulo Nobre, já criticou publicamente o diretor de futebol Alexandre Mattos e não gostou da primeira oferta da diretoria (cerca de 25% do salário atual como valor fixo e aproximadamente metade do que ganha atualmente se atuar em todos os jogos do mês). Mattos já até cogitou sua ida a um clube dos Estados Unidos.
“Contribui de forma muito saudável para o Valdivia renovar seu contrato, é um jogador com muito valor para nós. Vem crescendo e, com a repetição dos jogos, vai jogar bem. Do ponto de vista eminentemente técnico, seria muito bom que ele renovasse.
Mas a história do Valdivia no Palmeiras é de muito antes de mim, tem um monte de história. Tenho que respeitar toda e qualquer outra opinião ou decisão, até da parte dele”, conformou-se Oswaldo de Oliveira.
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