O Palmeiras teve 12 finalizações no jogo contra o Inter, exatamente o dobro do que o adversário. Mas o jogo em São Paulo terminou empatado, e o técnico Oswaldo de Oliveira saiu irritado com seus homens de frente, justamente por entender que eles finalizaram pouco a gol.
Segundo o treinador, nenhum de seus atletas tem "medo" de chutar. O problema é outro:
– Acho que não é medo, eles não são medrosos. É um pouco de preciosismo. Também achei que em algumas oportunidades poderíamos ter finalizado. Muito próximo do gol, às vezes você pode finalizar, a bola bater e entrar. Poderíamos ter tentado mais a finalização – disse Oswaldo.
Alexandre Mattos, diretor executivo do Palmeiras, também saiu do estádio lamentando que o time não soube "colocar a bola para dentro".
Oswaldo de Oliveira, durante o jogo entre Palmeiras e Internacional (Foto: Marcos Ribolli)
O Verdão tem apenas cinco gols em cinco jogos no Brasileirão. Por conta disso, Oswaldo de Oliveira admitiu que pode mudar o esquema para o jogo contra o Figueirense, domingo, em Florianópolis, voltando a usar um homem de referência na área, como Cristaldo ou Leandro Pereira. No empate com o Inter, Dudu e Rafael Marques se revezaram mais à frente. Vale lembrar que Alecsandro, do Flamengo, tem conversas avançadas com o Verdão.
– Vou jogar no domingo e até lá vamos pensar um pouquinho nisso. A princípio, não vamos alterar muito, mas há a possibilidade, sim, de fazer uma mudança – disse Oswaldo.
– Jogamos bem em outras oportunidades e conseguimos o gol. Semana passada mesmo fizemos dois contra o Corinthians e poderíamos ter marcado outros tantos. Isso é circunstancial – emendou o treinador.
Oswaldo lembrou ainda que o Palmeiras teve muito mais posse de bola do que o Inter (58% contra 42%).
– Mais posse de bola tivemos em todos os jogos do Palmeiras, dentro e fora de casa. Tivemos sempre mais posse de bola, hoje acho que foi 65%. Infelizmente, hoje fizemos o gol e não conseguimos segurar a vitória. Quando a gente não consegue a vitória, sempre falta alguma coisa. Finalização, infiltração. Se a bola não bate nas costas do Rafael Moura, não teria faltado nada – disse o treinador, lamentando o azar no lance do gol de empate do Inter.
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