Palmeiras segue temendo finalizar e ouve Prass pedir para o time arriscar e Oswaldo contestar preciosismo
Desde o início do ano, o Palmeiras sofre com um problema que não assume publicamente, mas que já é assunto entre os jogadores: o time parece ter medo de finalizar. Depois do empate por 1 a 1 diante do Inter, uma chance de Cleiton Xavier com o gol à frente virou passe errado e comentário nos vestiários.
“Até perguntei para o Cleiton se dava para ele ter chutado e ele disse que não porque o jogador do Inter estava em cima e ele viu o Rafael livre. Se ele acertasse aquele passe, ninguém falaria que o time não chuta”, tentou defender Dudu, minimizando, contudo, uma dificuldade que incomoda colegas e técnico.
“Tentamos achar companheiros em melhor condição de finalizar, mas, às vezes, tem que arriscar, mesmo sem ter a condição real de gol, porque pode acontecer como aconteceu com o Inter: a bola bater em alguém, o goleiro dar rebote. Não custa nada arriscar um pouco mais”, opinou o goleiro Fernando Prass.
Oswaldo de Oliveira só descarta qualquer temor em seus comandados. “Não é medo. Eles não são medrosos, pelo contrário. É um pouco de preciosismo. Em algumas oportunidades, precisávamos ter finalizado. Quando estivermos muito próximos do gol, podemos finalizar, a bola bater em alguém e entrar, como aconteceu no gol do Inter. Poderíamos ter tentado mais a finalização, realmente”, confessou o treinador.
O ataque, porém, nega receio e até a necessidade de alguém fixo na grande área. “O time jogou do mesmo jeito contra o Corinthians e deu certo, ninguém falou que fez falta um centroavante. Quando não conseguimos vencer, falam que esse centroavante faz falta. Nós chutamos, sim. Quando não chutamos, é porque não dá. Quando der para chutar, vamos chutar”, avisou Dudu, que atuou como falso centroavante nessa quinta-feira.
Oswaldo cogita colocar Cristaldo ou Leandro Pereira no time no domingo, contra o Figueirense, embora nunca admite culpar seu esquema tático. “Jogamos bem em outras oportunidades e conseguimos o gol. Contra o Corinthians, fizemos dois e poderíamos marcar outros tantos. Contra o Inter, tivemos várias possibilidades. Isso é circunstancial”, indicou o treinador.
2526 visitas - Fonte: Gazeta Esportiva