No começo da temporada, os grandes clubes de São Paulo disputaram alguns reforços: Dudu, que esteve na mira de Corinthians, São Paulo e acabou no Palmeiras é um exemplo. Agora, essa disputa pode acabar se repetindo, desta vez com um treinador: Marcelo Oliveira, bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, pode virar alvo do alviverde e do Santos.
No Palmeiras, Oswaldo de Oliveira não deve resistir ao péssimo começo no Campeonato Brasileiro. Uma reunião nesta terça-feira pode definir sua demissão – a probabilidade de que ele saia é bem maior do a de que ocorra o contrário.
Nesse cenário, Marcelo seria a aposta mais provável: primeiro porque se trata de uma oportunidade de mercado única – o profissional mais vitorioso do futebol brasileiro nos últimos dois anos está sem clube. Além disso, trabalhou nestas duas temporadas ao lado de Alexandre Mattos, diretor de futebol alviverde, com grandes resultados.
Caso Oswaldo deixe o clube, o principal obstáculo para a vinda de Marcelo Oliveira seria financeiro: desde a saída de Luiz Felipe Scolari em 2012 o Palmeiras não paga salários que ultrapassam R$ 350 mil mensais a seus treinadores. Gilson Kleina, Ricardo Gareca, Dorival Júnior e Oswaldo de Oliveira se encaixaram nesse patamar – no Cruzeiro, Marcelo recebia mais de R$ 500 mil, valor que extrapolaria a política de gestão financeira responsável do alviverde.
Outro nome que agrada na Academia de Futebol é de Cuca, mas o custo para tirá-lo do Shandong Luneng, da China, deve ser ainda maior. Até pessoas próximas do treinador admitem que, embora haja interesse em deixar o Oriente, uma volta ao Brasil é difícil.
Marcelo Oliveira é também o nome preferido do Santos para assumir o time no lugar de Marcelo Fernandes, que tem grandes chances de ser demitido em caso de derrota para o Atlético-MG nesta quarta-feira, em Belo Horizonte.
Integrantes da cúpula santista já entraram em contato com os representantes do treinador, mas também não ficaram muito animados com os possíveis valores da transação. A diretoria alega que Marcelo Oliveira ultrapassa bastante o teto salarial do clube.
O técnico bicampeão brasileiro custaria ao Santos entre R$ 400 mil e 500 mil mensais. Com exceção a Robinho, o maior salário do elenco santista, hoje, não chega a R$ 300 mil. O diretor executivo do clube, Dagoberto Santos, reduziu a folha salarial do departamento de futebol pela metade – de R$ 6 milhões por R$ 3 milhões mensais.
Por conta disso, outros nomes já foram contatados. O empresário Luiz Taveira, bastante influente na diretoria do Santos e que ajudou na campanha eleitoral do presidente Modesto Roma, foi o responsável por fazer o primeiro contato com Guto Ferreira, da Ponte Preta. O treinador do time de Campinas é considerado mais viável financeiramente.
Além de Marcelo Oliveira e Guto Ferreira, outros treinadores foram oferecidos. Entre eles, Alexandre Gallo, que foi demitido da seleção brasileira de base, Doriva, do Vasco, e até Sérgio Guedes, ex-goleiro do clube.
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