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Paulo Nobre mais uma vez preferiu 'poder errar por ação' do que manter o trabalho
‘Essa diretoria pode errar por ação, não por omissão'. ‘Essa diretoria pode errar por ação, não por omissão'. Duas trocas, duas vezes o mesmo discurso. Nesta terça-feira, Paulo Nobre voltou a repetir o ‘mantra' das demissões no Palmeiras. Primeiro foi Ricardo Gareca, ainda em setembro do ano passado. Já no período desta tarde, Oswaldo de Oliveira foi quem lidou com o discurso do presidente palmeirense.
Depois de apenas seis rodadas de Campeonato Brasileiro, Paulo Nobre decidiu interromper o trabalho de Oswaldo, que em 2015 levou o Palmeiras ao vice-campeonato Paulista. A mágoa do treinador, outro a conversar com a imprensa na última terça-feira, contrastou com o dirigente, que repetiu o velho mantra para justificar a dura decisão.
"É uma coisa que deve ser evitada (a demissão de um treinador no meio do Brasileiro), mas essa diretoria se pauta pela ação, não pela omissão. A gente pode errar pela ação, não pela omissão. Foi essa a conclusão que chegamos", discursou o dirigente, repetindo a mesma frase utilizada na demissão de Ricardo Gareca.
O argentino desembarcou no Palmeiras no meio do ano passado e recebeu a chance de trabalhar o time durante a interrupção para a Copa do Mundo. Entretanto, em poucos meses, os resultados não vieram, e Gareca deixou o cargo como ‘vítima da ação, e não da omissão' de Paulo Nobre.
Com Oswaldo não foi diferente. O início ruim de Brasileiro - apenas seis rodadas - resultou no fim do casamento entre as duas partes. Nobre, contudo, nega qualquer precipitação ou interferência externa para decidir pelo fim da passagem do treinador.
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Ricardo Gareca ouviu o mesmo 'mantra'
"Desespero nunca funciona, estamos muito tranquilos quanto à decisão. É sempre importante ter um comandante à frente do elenco, mas temos o Alberto Valentim (auxiliar) que comandará o Palmeiras até que a gente possa contratar um novo técnico", garantiu.
Apesar de apontar a necessidade de troca, Nobre reconhece a importante participação do treinador na atual montagem do elenco. Três dos mais regulares atletas palmeirenses - Lucas, Gabriel e Rafael Marques - foram indicações do agora ex-comandante, que havia trabalhado com o trio durante o período de Botafogo.
Por conta disso, Nobre vê o ‘legado' de Oswaldo no Palmeiras. "As decisões são tomadas internamente e sempre visamos o melhor para o Palmeiras. Tenho que elogiar muito o Oswaldo, grande parte da responsabilidade de bons jogadores que temos é indicação dele. Ele deixa um ‘legado' para o Palmeiras, e ficamos muito gratos por isso", encerrou.
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