Nobre elogia Cuca, mas admite Marcelo Oliveira como possível técnico

Djalma Vassão/Gazeta Press

Apesar de Cuca também ter sido citado, o favorito para suceder Oswaldo é o ex-cruzeirense Marcelo Oliveira



A diretoria do Palmeiras decidiu que dispensaria Oswaldo de Oliveira nessa segunda-feira, mas só o avisou ao encontrá-lo pessoalmente nesta terça-feira e, horas depois, Paulo Nobre concedeu entrevista coletiva tentando desconversar o que já é dado como certo nos bastidores do clube: Marcelo Oliveira é o mais provável novo técnico.



Representantes do comandante do Cruzeiro bicampeão brasileiro em 2013 e 2014 já teriam recebido a proposta do Verdão, com salário inferior ao que recebida até semana passada, no clube mineiro. A tendência é que aceite o acordo e retome a parceria com o diretor de futebol Alexandre Mattos, responsável por montar o elenco que venceu as duas últimas edições da liga nacional sob a batuta de Marcelo.



“Posso dizer que todo técnico disponível no mercado é um candidato a ser técnico do Palmeiras”, limitou-se a dizer Nobre, em clara tentativa de despiste. “O Alexandre Mattos trabalhou dois anos com o Marcelo, mas tem contato com vários técnicos. A proximidade dele com o mundo do futebol facilitou absolutamente todas as contratações”, prosseguiu.



Para desconversar, o presidente abriu um sorriso ao ser questionado sobre Cuca, que pode deixar o chinês Shandong Luneng sem a necessidade de pagar multa ao final deste mês e nunca escondeu seu desejo de comandar o Verdão, clube que defendeu como jogador em 1992 e saiu frustrado por não ter sido campeão.



“O Cuca é um grande técnico e foi jogador do Palmeiras. Eu o encontrei no amistoso que fizemos contra o Shandong Luneng, no início do ano, e, no dia que tiver a possibilidade de trabalhar no Palmeiras, será um grande nome, como existem outros. Mas o Cuca é inegavelmente um grande nome”, indicou.



Cuca até recebeu sondagens, mas a sombra de Marcelo Oliveira é tão grande que Nobre teve que negar a relação da presença do técnico no mercado com a saída de Oswaldo. “Apesar de bem curto, o final do ciclo do Oswaldo não tem nada a ver com os bons técnicos disponíveis no mercado, é apenas porque estávamos cada vez mais afastados dos resultados que imaginávamos”, insistiu.



Para domingo, contra o Fluminense, caberá a Alberto Valentim comandar o time interinamente, como já ocorreu após as saídas de Gilson Kleina e Ricardo Gareca, no ano passado. Nobre e o vice-presidente Maurício Galiotte ficaram alguns minutos conversando com Valentim nesta terça-feira, pouco após o time perder jogo-treino para o São Caetano na Academia de Futebol.



“É sempre importante ter um comandante à frente do elenco, mas temos o Valentim, um auxiliar com muita experiência e que já demonstrou que consegue tranquilamente comandar o time até contratar um novo técnico sem desespero. Desespero nunca funciona, e estamos tranquilos em relação a isso. O Valentim comanda o time contra o Fluminense e não temos prazo para anunciar um novo técnico”, falou Nobre.

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