Com a saída de Oswaldo de Oliveira, confirmada na última terça-feira, o Palmeiras corre atrás de seu quinto técnico em dois anos e meio. Desde que Paulo Nobre assumiu a presidência do clube, em janeiro de 2013, o Verdão teve quatro técnicos diferentes (sem contar o interino Alberto Valentim, que dirigiu o time após as saídas de Gilson Kleina, Ricardo Gareca e agora substituirá Oswaldo).
Nobre sempre defendeu em seus discursos a manutenção da comissão técnica para que o trabalho tenha sequência e os treinadores possam trabalhar com tranquilidade. A prática, porém, tem se mostrado diferente.
Na entrevista coletiva que concedeu logo após o anúncio da demissão de Oswaldo, o presidente voltou a dizer que troca de técnico nunca é o ideal, mas afirmou que a situação do treinador ficou insustentável.
– Nós chegamos à conclusão de que os resultados estavam se afastando dos objetivos traçados – afirmou o dirigente.
Com Oswaldo, o Palmeiras disputou 31 jogos, com 17 vitórias, sete empates e sete derrotas; 50 gols marcados e 26 sofridos.
Veja os treinadores que passaram pelo Verdão desde que Nobre assumiu o clube:
gilson kleina
Contratado por Arnaldo Tirone na reta final do Brasileiro de 2012, Kleina não conseguiu livrar o time do rebaixamento, mas foi mantido - a diretoria avaliou que ele não poderia ser culpado, pois chegou com o time já comprometido. No ano seguinte, comandou o Palmeiras na Libertadores e conquistou o acesso à Série A. Ainda assim, a renovação só veio depois que as negociações com o argentino Marcelo Bielsa fracassaram. Com a eliminação do Verdão no Paulistão de 2014, diante do Ituano, e a derrota no jogo de ida contra o Sampaio Corrêa, na Copa do Brasil, Kleina acabou demitido. Foram 105 jogos, com 56 vitórias, 20 empates e 29 derrotas.
Kleina liderou o time no acesso à Série A, em 2013 (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação )
ricardo gareca
Os palmeirenses procuraram por Vanderlei Luxemburgo e Dorival Júnior, mas acabaram apostando na chegada de Ricardo Gareca. O argentino observou a equipe ser comandada pelo interino Alberto Valentim antes de assumir o comando, durante a Copa do Mundo. A confiança em Gareca era tanta que Paulo Nobre contratou vários jogadores indicados pelo técnico, como Tóbio, Alione, Mouche e Cristaldo, todos argentinos - hoje, nenhum é titular. Foram apenas 13 jogos, com quatro vitórias, um empate, oito derrotas e uma demissão antes mesmo de completar três meses no clube.
Gareca chegou com moral, ganhou jogadores, mas não conseguiu fazer o time andar (Foto: Marcos Ribolli)
dorival júnior
Depois de quase acertar com o clube em maio de 2014, Dorival Júnior, enfim, chegou ao Palmeiras em setembro. A aposta da diretoria foi na ligação do treinador com o clube - ele vestiu a camisa alviverde quando ainda era jogador, na década de 1980 - para livrar a equipe do rebaixamento. No entanto, o time não embalou e só conseguiu evitar a queda para a Série B com a ajuda do rival Santos, que venceu o Vitória na última rodada e facilitou para o Verdão só empatou com o Atlético-PR. Desempenho que desagradou à diretoria. Dorival saiu com 20 jogos disputados: seis vitórias, cinco empates e nove derrotas.
Dorival Júnior tinha a história a seu favor, mas não durou (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
oswaldo de oliveira
Apresentado em dezembro do ano passado, Oswaldo foi escolhido para ser o comandante da reformulação palmeirense para 2015. Durante o período em que o treinador esteve no clube, foram contratados 21 jogadores (o atacante Alecsandro será o 22º). Depois de um início difícil, o time embalou e chegou até a final do Paulistão. Mas a queda de produção na Copa do Brasil e nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro acabaram derrubando o treinador.
Oswaldo de Oliveira é a mais nova vítima da ciranda de técnicos (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
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