Nobre demite um técnico a cada 99 dias e contrata um jogador a cada duas semanas

Paulo Nobre mais uma vez preferiu 'poder errar por ação' do que manter o trabalho



O Palmeiras confirmou nesta terça-feira a demissão do técnico Oswaldo de Oliveira. Foi o quarto treinador que caiu desde maio do ano passado, o que vem confirmando uma "sina" na gestão do presidente Paulo Nobre.



Desde a demissão de Gilson Kleina, o mandatário mantém uma média de um técnico demitido a cada 99 dias, o que chama a atenção pela política pregada na direção de dar continuidade aos trabalhos dos treinadores.



Ironicamente, Oswaldo de Oliveira foi o que ficou mais tempo no cargo: cinco meses.



"A sequência do trabalho a principio era para ser respeitada, mas por outros motivos, infelizmente, não foi. As pessoas têm incumbência e relações maiores nestes clubes maiores. O meu trabalho deveria ser respeitado, mas não foi", desabafou o comandante.



"Eu pedi (paciência) na semana passada. Fui lá, conversei sobre isso com o presidente. Gostaria que a gente vencesse essa fase difícil, por isso respeito a hierarquia. De repente, ele tinha um tempo para me dar, mas as pessoas que estavam acima de mim não", continuou.



Antes dele, Dorival Júnior ficou três meses à frente do elenco alviverde, período semelhante ao do argentino Ricardo Gareca, que permaneceu por quase 100 dias. Gilson Kleina, por sua vez, foi demitido em maio do ano passado, e estava no cargo desde o começo da gestão Paulo Nobre.



Em comum entre eles, só a pressão sofrida entre os conselheiros palestrinos. Conforme apurou o ESPN.com.br, Nobre costuma demitir os treinadores quando as reclamações dos membros do conselho ganham proporções grandes.



"Estávamos nos distanciando dos objetivos que imaginávamos com o Oswaldo. A gente entendeu que, mais uma vez, essa diretoria tem como mote a ação e não a omissão", explicou Paulo Nobre.



Já entre os jogadores, são 58 contratações - já contando o atacante Alecsandro, que assina nessa quarta-feira - desde que Paulo Nobre assumiu a gestão. O excesso de reforços contabiliza uma média de um atleta contratado a cada 15 dias ao longo do período em que Nobre está na presidência. Poucos deles vingaram no clube.



Confira, abaixo, os contratados pela gestão Paulo Nobre:



Goleiros: Jailson e Aranha

Zagueiros: André Luiz, Jackson, Lúcio, Thiago Martins, Tiago Alves, Tobio, Victor Ramos, Victorino, Vilson e Vitor Hugo

Laterais: Egídio, João Paulo, Lucas, Paulo Henrique, Weldinho, William Matheus e Zé Roberto

Volantes: Andrei Girotto, Amaral, Arouca, Bruninho, Charles, Eguren, França, Gabriel, Josimar, Léo Gago e Marcelo Oliveira

Meio-campistas: Alan Patrick, Allione, Bernardo, Bruno César. Cleiton Xavier, Felipe Menezes, Fellype Gabriel, Marquinhos Gabriel, Mendieta, Robinho, Rondinelly, Ronny e Ryder

Atacantes: Alan Kardec, Ananias, Cristaldo, Diogo, Dudu, Henrique, Kelvin, Kléber, Leandro, Leandro Pereira, Mouche, Rafael Marques, Rodolfo, Serginho e Alecsandro