Veja os motivos que levaram o Palmeiras a escolher Marcelo Oliveira

Bicampeão brasileiro, ex-cruzeirense pode reeditar parceria com Alexandre Mattos, agora em SP. Treinador tem a aprovação de dirigentes e torcedores palmeirenses

Marcelo Oliveira estuda proposta do Palmeiras

(Foto: Maurício Paulucci)



Ao que tudo indica, o Palmeiras vai ficar pouco tempo sem treinador. Depois de oficializar a demissão de Oswaldo de Oliveira na tarde da última terça-feira, o Verdão trabalha para definir os últimos detalhes da chegada do técnico Marcelo Oliveira, atual bicampeão brasileiro com o Cruzeiro e que está desempregado.



Nos bastidores do clube, o acerto é visto com muito otimismo. Ainda há uma diferença entre o que o treinador pede e o que o Palmeiras oferece, mas a tendência é que pontos da negociação financeira sejam definidos até o fim desta semana. Não há nada assinado.

Atual campeão brasileiro, Marcelo Oliveira chega ao Palmeiras em alta com torcedores e dirigentes. Veja alguns dos motivos que fizeram o Verdão colocar o ex-cruzeirense como o nome mais forte para assumir a equipe.



PARCERIA DE SUCESSO



Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)



Marcelo Oliveira e Alexandre Mattos foram os grandes responsáveis pela construção do Cruzeiro, atual bicampeão brasileiro.

Depois de assumir o comando do Palmeiras em janeiro, o dirigente aposta em um treinador de sua confiança para enriquecer o projeto alviverde.

Depois de 22 contratações, o clube já estabeleceu meta: disputar o título e conquistar uma vaga para a próxima edição da Taça Libertadores da América.



NA HORA CERTA

Pessoas influentes na atual gestão do presidente Paulo Nobre pressionavam pela mudança no comando da equipe desde as primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. Além da antipatia pela forma de trabalho de Oswaldo de Oliveira, conselheiros destacam há algumas semanas a importância de se ter um treinador com o perfil de Marcelo Oliveira no Verdão.



Quando a pressão sobre Oswaldo ficou insuportável, Marcelo foi imediatamente apontado como favorito, ao lado de Cuca, para assumir o Palmeiras. Com a queda do Cruzeiro na Libertadores, e a consequente demissão de Marcelo, os palmeirenses se sentiram seguros para poder mudar a comissão técnica neste início de Brasileirão. Em outras palavras: se Marcelo Oliveira não estivesse livre no mercado, a diretoria talvez não tivesse tanta certeza de que demitir Oswaldo era a melhor opção.



APROVAÇÃO DA TORCIDA



Torcida do Palmeiras aprova saída de Oswaldo e contratação de Marcelo Oliveira (Foto: Marcos Ribolli)



Oswaldo de Oliveira foi contratado em dezembro e nunca foi unanimidade entre torcedores. Mas, depois de um início de temporada irregular, o time embalou e chegou até a decisão do Campeonato Paulista. Mas o péssimo início de Brasileirão aumentaram as críticas e a pressão. Na arena palmeirense já tinha virado rotina ouvir gritos contra o treinador.



Oswaldo é o primeiro técnico na história a dirigir os quatro grandes de São Paulo e os quatro grandes do Rio de Janeiro. Mas, na capital paulista, sua imagem sempre esteve muito atrelada ao rival Corinthians, por conta da conquista do Mundial de Clubes da Fifa de 2000. Por isso, os palmeirenses mais críticos se referiam a Oswaldo como "o corintiano".



Entre terça e quinta-feira, o GloboEsporte.com fez duas enquetes recentes sobre a mudança no comando técnico do Palmeiras. A primeira pergunta foi "O Palmeiras acertou em demitir Oswaldo?". Para 73% dos que votaram, sim, o Verdão fez o correto. A segunda pergunta foi "Quem deveria assumir o time?". Marcelo Oliveira ganhou disparado, com 61% dos votos, contra 18% de Abel Braga, 13% de Cuca, 4% de Mano Menezes e 4% que votaram na opção "outro".



SR. BRASILEIRÃO




Num Palmeiras que teve 22 reforços só este ano, e que conta agora, por exemplo, com três centroavantes (Alecsandro, Cristaldo e Leandro Pereira), e mais oito "atacantes de lado de campo" (Dudu, Kelvin, Rafael Marques, Leandro, Gabriel Jesus, Ryder Matos, Allione e Mouche, sendo que os dois últimos estão machucados).

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