Wesley é um dos principais jogadores do Palmeiras atualmente
Que a situação financeira do Palmeiras é complicada, ninguém duvida. Mas isso não pode ser justificativa para que um clube de tamanha grandeza inicie a disputa do Campeonato Brasileiro sem pensar em erguer a taça.
O elenco alviverde não é o melhor do país, mas a diferença entre os clubes brasileiros já não é gritante há tempos. Prova disso é que o Santos, que vinha enfileirando goleadas, perdeu o Paulistão para o Ituano. Ou seja, alguns reforços pontuais podem colocar o clube na briga.
A lateral direita é um dos setores carentes, e o clube não pode fazer o que fez no primeiro semestre, quando não conseguiu contratar o paraguaio Jorge Moreira e decidiu não trazer ninguém. A negociação com ele segue difícil, mas é preciso ter alternativas se não der certo.
O ataque também é um setor carente. Manter Alan Kardec é obrigação, mesmo se a política salarial tiver de ser deixada um pouco de lado. É óbvio que o clube não pode fazer loucuras, mas a pedida do jogador, ao que se sabe, não foge dos padrões brasileiros. Kleina quer um reserva para o centroavante, mas pediu Douglas Tanque, atleta mediano que o rival Corinthians não quis manter. Rafael Silva também não seria o ideal.
No Palmeiras, o nível tem de ser maior. E é por isso que contratar um parceiro para Lúcio se faz necessário. Se não dá para confiar no físico de Victorino, que nem sequer estreou, também não é possível apostar todas as fichas nos regulares Tiago Alves e Wellington. Também seria digno de festejos um reforço para atuar como primeiro volante, embora a urgência seja menor com Marcelo Oliveira fazendo seu feijão com arroz.
Outro ponto importante é controlar a porta de saída. É perfeitamente compreensível que sejam aceitas eventuais boas propostas por Wesley e Valdivia, mas ao mesmo tempo é inegável que o time seria desmontado sem essas duas peças. Se eles saírem, a reposição tem de ser em alto nível. E será que é preciso estar nadando em dinheiro para isso? Alan Kardec, um dos melhores atacantes do Brasil, está no Palmeiras e é a prova de que criatividade e bom olhar de mercado podem superar o vazio do cofre.
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