Técnico cobra contra-ataque, marcação adiantada e mais finalizações para estreia no estádio do Grêmio
Em quatro dias de trabalho no Palmeiras, sendo três com os titulares à disposição, Marcelo Oliveira agradece a Oswaldo de Oliveira pela base que deixou, mas já se esforçou para melhorar especificamente as suas deficiências. O novo técnico treinou marcação adiantada e na evolução de quesitos que a torcida sempre se queixou: contra-ataques e mais finalizações.
“Estava aqui um técnico muito competente e certamente vamos aproveitar as coisas que ele deixou. Conversamos e trabalhamos no posicionamento e no estímulo à marcação mais adiantada, além da bola parada, na qual temos grande potencial ofensivo e defensivo para decidir os jogos. À medida que o tempo passa, agregarei mais valores e conceitos”, avisou.
O técnico acompanhou com mais atenção a vitória sobre o Fluminense, no domingo, e estreia contra o Grêmio, neste sábado, com a base que alcançou a virada no segundo tempo no último fim de semana. Mas fez trabalhos específicos de contra-ataque, novidade em relação a Oswaldo, e de finalização, quesito que o antecessor trabalhava exaustivamente, porém, sem conseguir convencer os atletas a chutarem mais.
“Trago um pouco de observação que tinha do Palmeiras em jogos anteriores e, principalmente, do último jogo, contra o Fluminense, quando vi muitas coisas boas. Mas o time poderia ter finalizado mais e encaixado contra-ataques com mais velocidade pela característica dos jogadores”, avaliou, cobrando também a pressão sem a bola no campo adversário.
“A marcação é fundamental no futebol atual. É necessário apertar o homem da bola, se possível, no campo adversário. E trabalhei também para quando formos apertados, estamos preparados para o início do jogo contra o Grêmio”, disse, baseando-se na pressão tricolor que fez o Corinthians sofrer dois gols em quatro minutos no Rio Grande do Sul.
Marcelo Oliveira preferiu escalar Robinho, com mais capacidade de recompor, e deixar Zé Roberto e Cleiton Xavier no banco. Contudo, o técnico é adepto do estilo ofensivo e exige velocidade não só na transição de Robinho, mas também na passagem de Rafael Marques e Dudu para ter Alecsandro como referência e definir o jogo em contragolpes.
“Neste jogo, vamos precisar de boa organização, posicionamento e tentar fazer um jogo equilibrado entre defesa e ataque. Precisamos suportar bem a pressão do Grêmio no início, mas temos jogadores técnicos e de velocidade suficientes para exercer sempre uma agressividade ofensiva também”, avisou, ainda sem conhecer plenamente a personalidade dos comandados, mas ciente de que precisa estrear bem.
“A pressão pelo resultado sempre existe em grandes clubes, mas a expectativa é muito boa. Foram quatro dias prazerosos, encontrei um clube com estrutura física fenomenal e jogadores muito comprometidos. Apesar do tempo curto de convivência e de treinamento, tem uma base deixada pelo Oswaldo e o ânimo dos jogadores nos leva a crer em uma boa partida”, apostou.
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