Palmeiras cansa de pedir paciência e se cobra por mais personalidade

Fernando Prass é um dos que pedem para o time começar logo a jogar bola (Cesar Greco/Ag Palmeiras)



Após a derrota na estreia de Marcelo Oliveira, os líderes do elenco do Palmeiras tentam mostrar que a culpa alegada pela demissão de Oswaldo de Oliveira não é apenas no discurso. Os jogadores já não pedem mais paciência e se cobram personalidade para melhorar os resultados.



“Cabe a nós corresponder ao apoio e à paciência que o torcedor está tendo. Não dá pra pedir mais nada, não”, disse Fernando Prass, que pede assimilação quase automática ao novo técnico e não está sozinho nesse desejo. “O Marcelo vai implantar o ritmo dele e precisamos nos adaptar o mais rápido possível para brigarmos lá em cima”, falou Lucas.



“Precisamos melhorar nos aspecto técnico e tático, porque estamos com vontade e buscando a todo instante. Mas precisamos tentar algo mais e colocar a bola no chão, ter mais posse de bola, jogar. O Palmeiras é muito grande, precisamos ter essa personalidade para melhorar as nossas atuações e colocar o time lá em cima”, completou o lateral direito, capitão do time em Porto Alegre.



Os jogadores estão cientes da necessidade de assimilar a mudança de comando, mas o time está a dois pontos da zona de rebaixamento depois de oito rodadas do Campeonato Brasileiro. Por isso, não há mais tempo a ser pedido diante da expectativa de todos no clube por disputar até o título nacional e alcançar, no mínimo, uma vaga na Libertadores de 2016.



“A mudança de treinador quebra a sequência, ainda mais em um grupo que recebeu 24 jogadores. Mas temos que nos esforçar para assimilar as coisas mais rapidamente. Precisamos mudar dentro de campo, nos treinamentos, para acelerar o processo. Se for esperar, levaremos muito tempo e ficaremos para trás, os times da frente abrirão distância”, comentou Prass, sincero.



“O Marcelo ainda vai conhecer melhor o elenco para encaixar as peças, mas ficou provado que não basta vir um técnico para fazer o time jogar. O plano tático e muita coisa são importantes, só que técnica é muito importante e temos condições de render mais. Somos nós que precisamos render mais”, prosseguiu o goleiro.

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