Alan Kardec, Palmeiras jogo-treino Guarujá (Foto: Leandro Martins/Futura Press)
A novela pela renovação de Alan Kardec com o Palmeiras foi assunto na entrevista coletiva do técnico Gilson Kleina. E o comandante usou seu próprio exemplo para falar da situação do centroavante. No fim do ano passado, ele passou por momentos parecidos, já que a diretoria não priorizava a sua prorrogação contratual. Após fracassar na busca pelo argentino Marcelo Bielsa, porém, o clube fechou o novo vínculo do treinador.
Kardec, por sua vez, é visto como prioridade pela diretoria, mas a demora por uma definição deixa o jogador e seu estafe chateados. Artilheiro do time no centenário, com nove gols, ele esperava concluir o negócio antes da estreia no Brasileirão, neste domingo, às 18h30, contra o Criciúma, no estádio Heriberto Hulse.
Ele é altamente profissional e, se sente algo, não deixa transparecer. Mas acredito que no íntimo incomoda. Também passei por um processo de renovação e você começa a pensar em situações futuras, na sua vida. Mas com a vontade dele e do Palmeiras de renovar, acredito que vai dar certo. Se depender de mim é claro que ele fica. O Alan é referência e um dos melhores na sua posição - disse Kleina
Após reunião na última quarta-feira entre representantes do jogador e a diretoria, a renovação ficou mais próxima. Apesar disso, é provável que o acerto só ocorra depois do feriado de Páscoa.
- A renovação seria importante para ele ter mais segurança com o futuro definido, mas os dois lados estão fazendo o melhor possível - finalizou o treinador.
Emprestado pelo Benfica até 30 de junho, Kardec custará 4 milhões de euros (R$ 12,5 milhões) ao Palmeiras. O clube, inclusive, chegou a procurar Delcir Sonda para pedir ajuda no investimento, mas não teve sucesso. Verdão e atacante negociam uma renovação contratual de cinco anos, até 2019.
Pai vê desgaste físico e emocional
Na visão do pai de Alan Kardec, a indefinição tem atrapalhado o atleta e poderá ser prejudicial para o camisa 14 na estreia do Brasileirão em Santa Catarina.
- Estou muito preocupado porque começo a perceber certo prejuízo físico e mental ao meu filho. Ele tem acordado vários dias com dor de cabeça. Vai começar um campeonato longo e é necessário o atleta estar 100% focado nas competições. Um jogo de futebol pode causar lesão e uma lesão antes que ele esteja acertado com o Palmeiras ou outro clube pode ser um problema muito sério. Será que o Palmeiras continuaria querendo adquiri-lo lesionado? Queremos que a parte fixa do salário permita que ele mantenha seus negócios, suas aquisições, mesmo com algum infortúnio físico - disse, em entrevista à rádio Transamérica.
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