Produtividade. Essa é a palavra que tanto atrai o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, quando tenta negociar contratos. Virou até "marca registrada" do dirigente e piadas entre os torcedores. Mas é exatamente essa palavra (ou a falta dela) que literalmente custou caro ao clube ter Valdívia no elenco.
O novo reforço do Al Wahda teve até aqui um ano de 2015 de pouquíssima produtividade em relação ao restante dos seus colegas. Tendo estreado na temporada apenas em abril, Valdivia ainda sofreu com suspensão e problemas físicos e por isso entrou em campo apenas dez vezes no primeiro semestre deste ano. Ele participou de cinco das últimas seis partidas do Verdão no Campeonato Paulista, de quatro rodadas do Brasileirão e de um confronto da Copa do Brasil - contra o ASA, há um mês.
Na ponta do lápis da matemática financeira alviverde, a discrepância é escancarada. Seus vencimentos no Palmeiras são por volta de R$ 450 mil mensais líquidos, que somariam R$ 2,7 milhões nos primeiros seis meses deste ano. Desta forma, o chileno recebeu por volta de R$ 4,3 mil por cada minuto que esteve em campo nesta temporada. Divididos por partidas inteiras, foram R$ 385 mil a cada 90 minutos em que o Mago esteve vestindo a camisa 10 alviverde.
Por conta disso, a negociação do novo contrato com o Palmeiras não foi para frente. A proposta de Paulo Nobre era oferecer um montante fixo bem abaixo do que ele vinha habituado a receber (falou-se em R$ 120 mil mensais) somado a R$ 60 mil por cada jogo disputado. O Mago não aceitou, deu como encerradas as tratativas e, nesta semana, foi anunciado oficialmente pelo clube dos Emirados Árabes.
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