Treinadores recém-contratados terão oportunidade de disputar primeiro grande clássico em seus clubes
O Choque-Rei deste domingo (às 16 horas, no Palestra Itália) será o primeiro clássico dos dois treinadores em seus novos times. Marcelo Oliveira, recém-contratado pelo instável Palmeiras, enfrentará em sua segunda partida Juan Carlos Osorio, colombiano que soma duas vitórias e um empate no comando do São Paulo, vice-líder do Campeonato Brasileiro.
"É sempre importante, é um dos clássicos mais empolgantes do País", definiu o chefe da equipe da casa, bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro (2013 e 2014). "É especial, porque jogamos contra um clube grande", avaliou Osorio, o visitante, em sua primeira passagem pelo futebol brasileiro.
Antes da partida, o respeito foi mútuo. "É saudável (ter técnico estrangeiro). Sempre alguém tem o que aprender com o outro, a vida é assim. A cada temporada você pode melhorar seu trabalho, ficar mais maduro, mais forte", disse Marcelo, ao brincar que o único problema é ainda não conhecer tão bem as variantes táticas do colega de profissão recém-chegado à capital paulista. "A gente não sabe se ele vai jogar com três zagueiros ou não", riu.
Ninguém sabe. Osorio tem costume de fechar os principais trabalhos táticos ao longo da semana. O que se sabe é que a formação tática foi pensada pelo técnico são-paulino com base em informações passadas pelo coordenador técnico Milton Cruz (ex-companheiro de Marcelo, quando jogador, e recentemente eliminado por ele na Copa Libertadores, enquanto interino).
"Sou muito respeitoso. A única coisa que perguntei ao Milton é que tipo de futebol que gosta o Senhor Oliveira", comentou Osorio, com habitual cordialidade. "Ele me falou que é (do tipo de futebol) ofensivo. Ele fez um grande trabalho com o Cruzeiro. É um técnico com experiência e muita capacidade, que conhece muito bem o futebol brasileiro".
O desempenho de ambos em clássicos por seus últimos clubes é distinto. No Cruzeiro, Marcelo teve sete derrotas, cinco empates e somente três vitórias contra o Atlético-MG. Ele passou a temporada anterior toda sem vencer, tendo sido derrotado nos dois jogos da final da Copa do Brasil.
Neste ano, também foi eliminado na semifinal do Campeonato Mineiro pelo rival. Osorio, por sua vez, era considerado especialista nesse tipo de partida na Colômbia: à frente do Atlético Nacional, teve sete triunfos, cinco empates e dois reveses diante dos rivais.
Números desfavoráveis e colocações na tabela à parte, o palmeirense não vê o adversário em vantagem. "É uma tradição dos clássicos, ninguém é favorito.
Por mais que a gente diga que eles têm uma base do ano passado e nós mudamos muito, compensa jogarmos em casa, e não podemos abrir mão disso. Tem de fazer o dever de casa bem feito, em um torneio longo. Vamos tentar impor isso, mas fica bem equilibrado", falou Marcelo.
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