Gareca melhora Peru e brilha um ano após decepção Palmeiras

30/6/2015 21:14

Gareca melhora Peru e brilha um ano após decepção Palmeiras

Gareca melhora Peru e brilha um ano após decepção Palmeiras

Apenas sete jogos. Esse é o tempo em que Ricardo Gareca está no comando da seleção peruana. Muito pouco para analisar o trabalho de qualquer técnico – e o próprio argentino já sentiu na pele as injustiças de uma avaliação imediatista quando comandou o Palmeiras no ano passado. Porém, um ano depois daquela passagem frustrante pelo Brasil, a participação da modesta seleção andina na Copa América já serve de base para dizer que o time melhorou bastante em pouco tempo com o treinador, e está no caminho certo para as Eliminatórias da Copa de 2018.



Eliminado na semifinal por um Chile que tem jogado o melhor futebol da competição , o Peru pode sair orgulhoso do torneio continental. E deve muito disso a Gareca, que armou uma equipe que se defende muito bem, com disciplina e entrega, e ataca da maneira que pode, com pouco talento à disposição – Guerrero é o único jogador realmente de alto nível, enquanto nomes como Farfán, Cueva e Vargas são bons atletas, mas sem poder de desequilíbrio.



Na derrota por 2 a 1 diante dos chilenos, na qual o Peru atuou com um jogador a menos por 70 minutos, a equipe fez talvez seu melhor jogo na Copa América e mostrou exatamente o que Gareca conseguiu implantar: como um time mediano pode complicar qualquer rival se jogar de forma inteligente, de acordo com suas virtudes e características. Nada de muita troca de passes ou pressão na frente, como fez o Chile – a estratégia é defender em bloco e atacar com a maior velocidade possível.



É claro que o time ainda é muito dependente de Guerrero, o alvo quase único dos lançamentos e cruzamentos que o Peru utiliza para tentar chegar à área rival. A capacidade do camisa 9 de receber bolas longas, colocá-las na grama e fazer o ataque funcionar é algo que os torcedores do Corinthians conhecem bem. Mas há um esforço coletivo em volta do centroavante para que um futebol simples, com muitas chegadas pelas laterais, funcione e municie o artilheiro.





Seleção peruana ainda depende de Guerrero, mas há esforço coletivo para que o artilheiro brilhe



Mesmo com dez homens após a expulsão, o Peru conseguiu complicar o Chile em vários contra-ataques e em nenhum momento cedeu à pressão ensurdecedora da torcida da casa. Pela segunda Copa América seguida, o time caiu na semifinal – em 2011, porém, o estilo de jogo era muito mais defensivo. Até o técnico da seleção chilena, Jorge Sampaoli, disse que o time de Gareca é superior àquele de quatro anos atrás, comandado por Sergio Markarián.



"Temos que ter a tranquilidade, saber que demos tudo no campo", disse Gareca após a derrota. "Nunca desistimos da vontade da atacar. É um sabor amargo, mas estamos crescendo. A Copa América é totalmente diferente das Eliminatórias do Mundial, mas estamos totalmente preparados para o que vem pela frente. Temos jogadores capacitados para chegar à Copa do Mundo".



Ainda é cedo para dizer se Gareca conseguirá elevar definitivamente o nível da seleção do Peru, há anos uma das mais fracas da América do Sul. Mas é fato que o time já é capaz de competir e levar problemas aos melhores rivais do continente. Após a grande decepção pessoal que foi a experiência no Palmeiras , o técnico argentino está em alta em sua nova aventura estrangeira – e ainda pode fechar uma ótima participação com o terceiro lugar da Copa América, contra o perdedor de Argentina x Paraguai.









6138 visitas - Fonte: Terra

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