Os primeiros seis meses de 2015 estão encerrados. Nesta quarta, no jogo entre Palmeiras e Chapecoense, o segundo semestre começa no Allianz Parque com o 21º jogo do ano na ainda nova casa palmeirense. As 20 partidas da temporada, sendo dois amistosos e outras 18 entre Paulistão, Copa do Brasil e Brasileirão, fizeram o clube se aproximar dos 600 mil pagantes e dos R$ 40 milhões de arrecadação na temporada. Para ser mais preciso: 560.577 e R$ 39.664.190,09.
A média de público em casa do Verdão é de 25.480 pagantes por jogo, gerando uma renda média de R$ 1.802.917,73. São números altos para os padrões brasileiros: o Corinthians é o único acima, com 29.993 mil pagantes e pouco mais de R$ 1,9 milhão por partida. O Internacional é o terceiro no país: 23 mil e cerca de R$ 870 mil nas médias. O Flamengo, por exemplo, dono da maior torcida do país, levou em média ao estádio em 2015 cerca de 21 mil pagantes, com arrecadação total de R$ 13,6 milhões.
Sem contar os dois amistosos que disputou em casa na pré-temporada (renda líquida não foi revelada), sobraram limpos para o Palmeiras apenas com bilheteria, em 18 jogos "para valer" no ano, exatos R$ 23.320.246,22. A WTorre fica com outras receitas: lucra com camarotes, restaurantes, shows, deixando ao clube pequenas porcentagens neste início de parceria.
A diretoria alviverde anunciou que a Crefisa, principal patrocinadora do clube, paga R$ 23 milhões anuais. Ou seja, o Allianz Parque, em seis meses, corresponde a um patrocínio master. Sem contar a Copa do Brasil, o Palmeiras ainda fará 14 jogos como mandante no Brasileirão.
Desde que o estádio foi inaugurado, em novembro do ano passado, 629.667 pagantes pagantes geraram renda bruta de R$ 47.547.335,09: a marca de R$ 50 milhões deve ser atingida na semana que vem, contra o Avaí. E foi a que arena alavancou o Avanti, segundo maior programa de sócio-torcedor do Brasil, com cerca de 128 mil associados - lucro aproximado de R$ 2 milhões mensais.
A diretoria baixou os preços para a partida desta quarta-feira, que já tinha 25 mil ingressos vendidos de forma antecipada até a noite de terça. O setor mais barato foi vendido a R$ 60 (meia-entrada a R$ 30), enquanto que o mais caro sai por R$ 150. Valores mais razoáveis em meio a abusos que o clube vem cometendo e gerando justos protestos de torcedores.
Seja você a favor ou contra a elitização dos estádios brasileiros (os clubes ainda precisam encontrar um meio termo nesta questão), no caso do Palmeiras, há um fato inegável: em quase oito meses de funcionamento, o Allianz Parque é um sucesso. O pior público do estádio (17 mil, contra o ASA-AL), por exemplo, corresponde à média de clubes como Grêmio, São Paulo e Atlético-MG em 2015.
Em campo, há um longo caminho a percorrer. A enxurrada de contratações, inchando a folha salarial, ainda não produziu um time confiável. É outra questão, e até de certa forma compreensível para quem montou um elenco do zero há apenas seis meses. Recursos para pagar salários em dia e contratar existem hoje no Palmeiras - o balancete do ano mostra superávit de R$ 5 milhões até aqui, apesar dos R$ 800 mil negativos do último mês. A situação seria pior sem todos os recursos que a arena proporcionou. Só com o presidente Paulo Nobre, há uma dívida de mais de R$ 100 milhões ainda a ser quitada...
Contas à parte, cabe ao departamento de futebol, que custa muito, mostrar competência para retribuir o que a torcida tem dado.
ALLIANZ PARQUE EM SEIS MESES NO ANO:
Melhor público: 39.479 pagantes
Palmeiras 1 x 0 Santos - final do Campeonato Paulista
Pior público: 17.212 pagantes
Palmeiras 0x0 ASA-AL - Copa do Brasil
Maior renda: R$ 4.181.281
Palmeiras 1x0 Santos - final do Campeonato Paulista
Menor renda: R$ 921.447,62
Palmeiras 5x1 Sampaio Corrêa - Copa do Brasil
11 jogos no Paulistão
9 vitorias e 2 derrotas - 18 gols pró e 4 contra
2 jogos na Copa do Brasil
1 vitória e 1 empate - 5 gols pró e 1 contra
5 jogos no Brasileirão
2 vitórias, 2 empates e 1 derrota - 7 gols pró e 5 contra
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