Por não ser goleiro e ter "apetite", Lucas vira capitão no Palmeiras

Lateral direito passou a defender o clube neste ano e superou Zé Roberto e Prass para ficar com a faixa



Os jogadores sempre destacam semelhanças entre Oswaldo de Oliveira e Marcelo Oliveira em relação ao tratamento com o elenco, mas o novo técnico estabeleceu uma mudança significativa. Zé Roberto e Fernando Prass deixaram de revezar a função de capitão do Palmeiras e a faixa passou a ser de Lucas.



“Prefiro que o capitão jogue na linha e, entre os nomes que pensei, decidi escolher o Lucas porque tem apetite de competição e é respeitado pelos colegas”, explicou Marcelo Oliveira, justificando que Zé Roberto tem sido reserva e avisando que falou com Prass sobre a definição de quem usa a braçadeira.



“Até conversei com o Fernando porque acho que ele tem uma liderança muito positiva no grupo e já o conhecia desde o Vasco, mas tenho certa restrição a goleiro como capitão. Goleiro precisa estar atento durante o tempo todo e acaba tendo alguma desatenção ou perda de tempo para conversar com o árbitro e orientar os colegas”, argumentou.



Em um elenco que recebeu 24 contratações na temporada, Fernando Prass é o titular que está há mais tempo no clube, que defende desde janeiro de 2013. O goleiro tem 36 anos e acabou superado pela experiência de Zé Roberto, de 40, escolhido como capitão por Oswaldo de Oliveira e dono de preleção marcante, evocando a grandeza palmeirense, antes da estreia no Campeonato Paulista.



Agora, cabe a Lucas, que passou quase todo o segundo semestre do ano passado sem jogar por ter recorrido à Justiça para deixar o Botafogo e passou a defender o Verdão em janeiro. O lateral de 27 anos atuou em 31 dos 35 jogos do clube na temporada, marcando dois gols e dando três assistências.



“O Lucas é um jogador que eu já conhecia mais por enfrentá-lo. Jogou muito tempo no Botafogo e sempre o admirei por ser um jogador regularei, sempre com atuações boa. Faz muito bem a marcação na linha de quatro da defesa e também sabe sempre colaborar no setor ofensivo”, elogiou Marcelo Oliveira.