Sem medo de rejeição por apelido, Pikachu lamenta preconceito no Norte

4/7/2015 10:34

Sem medo de rejeição por apelido, Pikachu lamenta preconceito no Norte

O lateral-direito do Paysandu afirmou que futebol do norte e nordeste sofre com pouca estrutura. Sobre negociação com o Palmeiras, atleta crê que codinome não atrapalhou negócio

Sem medo de rejeição por apelido, Pikachu lamenta preconceito no Norte

Yago Pikachu é um dos destaques da Série B pelo Paysandu (Foto: Akira Onuma/O Liberal)





Artilheiro do time na temporada com 12 gols. Vice-matador do Brasileirão da Série B com cinco marcados. Dados de um verdadeiro matador. Não no Paysandu. Yago Pikachu, lateral-direito do Papão, faz jus ao seu apelido (retirado do desenho animado "Pokemón), e é um dos destaques do futebol brasileiro no ano. Entretanto, nem tudo é festa para o jogador.



Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o jogador mostrou um pouco do que o futebol do Norte e Nordeste passam durante a temporada. Segundo Pikachu, existe ainda certo preconceito com o esporte nestas regiões, principalmente na parte da estrutura e apoio das entidades. Mas atleta acredita que isso possa mudar:



- A gente vê que aqui tem times bons, mas é difícil também. Alguns clubes não tem transporte para conseguir jogar e viajar. É muita coisa diferente do que vocês do Sul.



Estrutura não tem, até mesmo alguns clubes não tem divisão de base adequada. Muita coisa que envolve. Não é só clube e jogador. Mas acho que podemos mudar isso. Principalmente nós do Paysandu e o Sport na primeira divisão. Mostrar que podemos sim ser fortes - disse.



Se no futebol do norte e nordeste Yago Pikachu vê preconceito, em relação ao seu apelido, o jogador não teme e nega qualquer tipo de rejeição. Parceiro de Paulo Henrique Ganso no Tuna Luso, no início de sua carreira, ainda no futsal, em 2003, lateral explicou codinome e negociação com o Palmeiras.



- Não, nunca recebi nenhum tipo de preconceito, até porque muita gente me conhece por estar ligado por Pikachu. No Palmeiras muita gente falou que foi isso, mas nunca soube de nada.



Não sei se houve isso mesmo. Eu recebi o apelido no futsal, quando eu e o Ganso jogavamos no Tuna Luso. Nosso treinador tinha esse costume e por eu ser rápido e pequenininho, ficou Pikachu. Quando sai pro Paysandu, dois jogadores vieram comigo do futsal e ai pegou. Não me importo e não troco também - argumentou.



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LANCE!: Como foi começar junto de Paulo Henrique Ganso? Ele era mesmo diferenciado?

Yago Pikachu: Ele era de uma categoria mais velha. Eu tinha 12 e ele 15 anos, mas era o mesmo treinador. A gente era muito criança na época, era difícil jogar junto com ele, mas a gente as vezes fazia coletivo. Ele sempre foi muito técnico, mas era futsal, bem diferente de campo. Quando ele surgiu, ele já mostrou a categoria, o talento.



Como foi o início da sua carreira? Passou por muitas dificuldades até chegar no profissional?,/b>

- Todos têm, ainda mais aqui que a base não oferece muitas condições para ser profissional. Você tem que querer muito e não desistir. Eu sempre tive que me desdobrar para chegar em treino, principalmente meu pai que na época era o único que trabalhava na família, fazia de tudo para não faltar nada para eu ir treinar, material. Agora graças a Deus consegui e quero retribuir tudo o que ele fez por mim. Ouvir que ele tem orgulho de mim é a melhor coisa que eu posso escutar.



Artilheiro do time no ano com 12 gols e vice da Série B. Sempre foi de fazer muitos gols?

- quando eu subi para o profissional tentei não mudar minha característica da base. Sempre fui de chegar a frente, fazer gols. Quando subi tentei não mudar e vem tudo dando certo, principalmente nesse ano que já tenho muitos gols.



Algum segredo para tantos gols?

- Creio que é o comprometimento, sempre treino muito, fico a vontade para acreditar que pode sobrar uma bola na ponta pra mim, dentro da área, q eu posso fazer gols, e ajudar equipe. E vem dando certo. Estou fazendo gols e estou sendo feliz.



Recebeu algum contato já de algum clube da Série A?

- Às vezes recebo ligações de alguns empresários que se interessam, que querem saber da minha situação. Tento manter a cabeça tranquila quanto a isso, pra isso não me atrapalhar. Ano passado recebi só do Goias concreto. Mas há especulações, mas de contato mesmo nenhum. Dois meses atrás recebi do Bahia, mas nada de concreto, apenas para saber minha real situação no Paysandu.



É um sonho seu na carreira, vestir a camisa de um grande do futebol brasileiro?

- Todos almejam isso. Sonho sim em jogar em um clube de expressão no Brasil, chegar na Europa, e até chegar na Seleção Brasileira. Enquanto eu puder, eu vou tentar realizar para que um dia isso se torne realidade. Depende muito de mim, do meu foco, do meu rendimento dentro de campo, mas vou buscar isso para mim sim.







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