Jogo a Jogo: Palmeiras (com algo de Cruzeiro) desafia o Galo, e Flu chega

10/7/2015 08:17

Jogo a Jogo: Palmeiras (com algo de Cruzeiro) desafia o Galo, e Flu chega

Paulistas crescem na rodada, com vitórias dos três times da capital, e Galo se consolida na liderança ao bater o Sport; derrota do Grêmio permite ao Flu virar vice

Jogo a Jogo: Palmeiras (com algo de Cruzeiro) desafia o Galo, e Flu chega

Marcelo Oliveira chega a quatro vitórias seguidas no Palmeiras: na briga (Foto: Marcos Ribolli)



O Atlético-MG, com a Libertadores de 2013 e a Copa do Brasil de 2014, e o Cruzeiro, com o bicampeonato brasileiro, treinado por Marcelo Oliveira, polarizaram as principais conquistas do futebol brasileiro nos dois últimos anos. O técnico agora está no Palmeiras e já começa a dar sinais de que, mais uma vez, desafiará o Galo. O time alviverde, em rodada boa para os paulistas, se consolida como postulante ao título. São quatro vitórias seguidas (incluindo o 3 a 0 de quarta-feira, sobre o Avaí): 11 gols marcados, nenhum sofrido.



E vitórias com algo daquele Cruzeiro bicampeão - ou seja, algo de Marcelo Oliveira, ainda um recém-chegado ao ambiente alviverde: a mobilidade ofensiva, a verticalidade, a capacidade de otimizar as ações de ataque e agrupar os gestos de defesa. Porém, cinco pontos e cinco times separam o Palmeiras do Galo, dono de vitória fundamental, apoiado por mais de 50 mil torcedores contra o Sport. A derrota do Grêmio para a Chapecoense ajudou o Atlético-MG e fez com que o Fluminense, que bateu o Cruzeiro, assumisse a vice-liderança - impressiona a arrancada tricolor.



Destaque na 12ª rodada também para as vitórias de Corinthians (no G-4) e São Paulo. E para o drama de Santos e Vasco, afundados na zona de rebaixamento e acompanhados de perto pelo Inter.







O jogo em 140 caracteres

O goleiro Marcelo Lomba foi decisivo para o resultado. Fez 12 defesas - nove normais e três difíceis.



Pablo, da Ponte, e Leandro Silva, do Coxa, estavam em dia de caçador: o primeiro teve 14 desarmes, e o segundo, 12 (índices altíssimos).



O Coritiba está quatro pontos distante do primeiro time fora da zona de rebaixamento - o Inter. Mesmo que vença o São Paulo, seguirá no Z-4.





O CORITIBA consegue fazer dois jogos diferentes dentro da mesma partida - como se um intervalo de 15 minutos o fizesse mudar de personalidade. Já havia sido assim contra o Joinville, e ficou ainda mais claro contra a Ponte Preta. É um problema, visto que essa operação matemática, esse balanço entre soma e subtração, não está rendendo pontos ao Coxa. São dois empates seguidos em casa, ambos sem gols, diante de equipes que estão longe de ser potências da competição. O Coritiba precisa combater sua bipolaridade, precisa deixar de ser adversário de si mesmo. A situação é preocupante dentro e fora de campo. O clube segue modificando seu elenco em meio ao campeonato - agora, foi Welinton quem deixou o Coritiba, negociado com o Catar. Antes dele, Leandro Almeida já havia saído, e o mesmo pode acontecer com Luccas Claro. Todos eles são zagueiros - Rafael Marques está chegando. O que o torcedor pode esperar ao ver seu time perder até três zagueiros no mesmo campeonato? Curiosamente, porém, a prática dos jogos tem mostrado mais problemas ofensivos do que defensivos. Foram 19 finalizações contra a Ponte, dez só de Marcos Aurélio, e nada de a bola entrar.





A PONTE PRETA já mostrou, neste Campeonato Brasileiro, que pode mais. Com apenas um ponto conquistado nos últimos nove disputados, a Macaca tem como maior desafio recuperar o futebol do começo da competição - quando os resultados não foram fortuitos: derivaram, efetivamente, de bom desempenho. Contra o Coxa, voltaram ao time quatro jogadores fundamentais - Fernando Bob, Renato Cajá (atuação discreta), Biro Biro e Diego Oliveira. Sem eles, era difícil imaginar um rendimento como o do primeiro tempo, quando poderia, e deveria, ter saído na frente no Couto Pereira. Talvez a missão central do técnico Guto Ferreira, no momento, seja não deixar seu time cair no marasmo - rejeitar a ideia de que o meio da tabela seja seu habitat natural. Desde o Paulistão, quando quase eliminou o Corinthians, a Macaca deu sinais de que tem potencial. Poderá provar isso contra o líder do Brasileirão, o Atlético-MG, no próximo sábado.







O jogo em 140 caracteres

O Goiás não vencia desde a terceira rodada. Era o jejum mais longo do Campeonato Brasileiro: oito partidas.



Em sua quarta derrota seguida, o Santos se consolida como pior defesa do campeonato, com 21 gols sofridos.



Os quatro gols do Goiás contra o Santos representam 36% das bolas na rede do clube neste Brasileiro. Era um dos piores ataques.





Julinho Camargo, das cabines do Serra Dourada, viu o melhor GOIÁS do ano - aquele dos primeiros 15 minutos do segundo tempo, avassalador, com quatro gols sequenciais sobre o Santos. Curiosamente, um Goiás treinado interinamente por Augusto César, do time sub-20, a quem a diretoria não quis - porque ela preferiu justamente Julinho. É uma pequena maluquice, mas o novo treinador assumirá na melhor situação possível, depois de uma goleada por 4 a 1, mas também com algum desconforto: a pressão de manter esse ritmo, de justificar que seja ele o técnico do Goiás, e não aquele que treinou o time nesta goleada. Haverá essa comparação. O novo comandante precisará olhar mais para os outros 75 minutos do jogo a que assistiu do que para aqueles 15 minutos mágicos - que devem ser celebrados, mas não são a rotina esmeraldina. Fazer esse time ficar ligado o tempo todo (Felipe Menezes, em especial) já será um grande passo. O Goiás que Julinho vai encontrar não é nenhum primor de time - e ele sabe disso, certamente. Mas pode evoluir em organização e em intensidade.





Se os jogadores do SANTOS se reunissem no vestiário e fizessem um pacto no intervalo, com algum deles dizendo "galera, vamos lá, vamos com tudo, vamos dar um jeito de levar quatro gols em 15 minutos", é possível que eles não conseguissem, de tão complicada que é a tarefa. No dia do aniversário de um ano do 7 a 1, o Peixe fez uma reverência à pane da seleção brasileira - com a pequena diferença de que era o Goiás em vez da Alemanha no outro lado. Se a diretoria do clube praiano precisava de mais algum elemento para sair do coma e decidir trocar de técnico, não precisa mais - Dorival Júnior substituirá Marcelo Fernandes. É incrível o desequilíbrio da equipe, que até fez um primeiro tempo aceitável - melhor do que contra o Grêmio, ao menos - antes de entrar em parafuso na volta do intervalo. Há times mais pobres do que o Santos neste começo de Brasileiro, mas ninguém é mais desorientado e mais passivo do que ele. Dá pena de Ricardo Oliveira lá na frente. O caos descende da saída de Valencia e Renato, volantes titulares e experientes - substituídos pelos jovens Lucas Otávio e Thiago Maia. Em um time ofensivo, eles acabam sobrecarregados - e são engolidos pelo adversário. Lucas Lima acaba recuando para ajudar e perde o rendimento do começo do ano.







O jogo em 140 caracteres

Foi a primeira vitória da Chapecoense sobre o Grêmio em Brasileiros. Eram três triunfos gaúchos em três jogos.



O Grêmio perdeu a chance de alcançar seis vitórias consecutivas, o que o faria igualar seu recorde no Brasileiro - em 1978 e 1980.



Douglas não calibrou os pés antes do jogo. Errou um passe em cada três que tentou - sete falhas em um universo de 21.





Em um campeonato com tantos clubes de massa, alguns sonhando com título, outros penando contra o rebaixamento, pouca gente dá bola pra CHAPECOENSE. Bom pra ela. Andando pelas sombras, ela vai fazendo campanha firme. E o melhor: de ocasional, a trajetória não tem nada. Sem brilhantismo, mas com enorme eficiência, a Chape mostra equilíbrio, concentração, noção de sua real capacidade, maturidade. É uma equipe certeira: das seis vitórias que teve no campeonato, cinco foram por um gol de diferença (quatro delas por 1 a 0). O ataque é econômico, mas a defesa também é (são dez gols feitos e dez sofridos). Com tudo isso, a equipe catarinense consegue enfrentar seus oponentes de igual para igual, sem medo, e o jogo contra o Grêmio foi exemplar disso. Melhor em alguns momentos, pior em outros, a Chapecoense foi para a luta. E, bem treinada que é, alcançou a vitória em lance de bola parada - consolidando-se como uma boa novidade deste campeonato. Interessante observar que a diretoria mantém o discurso de que a luta é contra o rebaixamento.





A boa campanha do GRÊMIO se torna mais evidente quando se escancara a limitação do elenco tricolor. Contra a Chapecoense, o time gaúcho esteve sem o zagueiro Rhodolfo e o volante Walace, talvez as peças mais importantes, junto com o goleiro Marcelo Grohe, da engrenagem defensiva gremista. Não tê-los é um luxo ao qual o Tricolor não pode se permitir. O gol da Chapecoense foi um erro de coordenação da defesa em uma bola parada. Bruno Rangel, um centroavante, ficou livre para cabecear. É complicado ser profeta do acontecido, mas talvez a falha não tivesse ocorrido se os titulares tivessem jogado. A derrota, em jogo equilibrado, não pode ser considerada injusta - assim como uma eventual vitória também não seria (duas bolas na trave no mesmo lance que o digam). O Grêmio piorou em comparação à vitória sobre o Santos - até porque a Chapecoense, hoje, é melhor do que o Santos -, mas sua oscilação está dentro de limites confiáveis. Na vitória e na derrota, é possível ver que Roger deu naturalidade coletiva ao Grêmio - deu automatismo de movimentos. Isso independe do resultado para ser visto como uma conquista.







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O Palmeiras chegou a quatro vitórias seguidas e não levou gols em nenhuma delas. Tem a melhor defesa do campeonato: oito gols sofridos.



O Avaí só não levou gols em um jogo no campeonato - justamente sua última vitória, 1 a 0 sobre o Goiás, na sexta rodada.



O jogo foi pegado para Gabriel. Ele foi o jogador do Palmeiras que mais cometeu faltas (quatro) e também o que mais sofreu (três).





Existiam duas dúvidas centrais sobre o PALMEIRAS no começo do campeonato: a primeira era se o time encaixaria; e a segunda era se, caso o time encaixasse, haveria tempo hábil para brigar pelo título. As respostas são sim e sim, indica o Brasileirão ao término da 12ª rodada. E muito graças à chegada do técnico Marcelo Oliveira, que já consegue dar ao Verdão uma dinâmica parecida com aquela dos títulos brasileiros dos dois últimos anos pelo Cruzeiro. Na vitória de 3 a 0 sobre o Avaí, existe um dado que é bastante ilustrativo do jeitão do treinador: o Palmeiras teve 13 finalizações e sete chances reais de gol. Isso significa que a equipe alviverde não apenas chega ao ataque: ela otimiza suas chegadas para chegar bem. O Cruzeiro era assim: ágil, certeiro, intenso, vertical. O Palmeiras ainda não é, não no mesmo nível, mas está no caminho para ao menos se aproximar disso. Tornar os jogadores de frente participativos ao extremo é parte do segredo: Rafael Marques e Dudu tocaram 25 vezes na bola cada. E Lucas e Egídio, os laterais, apareceram dez vezes para alçar bolas na área - oito do lateral-esquerdo, que já era importante para Marcelo no Cruzeiro e agora vem sendo ainda mais.





O AVAÍ chegou à sexta rodada sem vitórias e voltou a flertar com o rebaixamento, sua maior preocupação na largada do campeonato - afinal, correra risco de queda já no Catarinense. O time vive uma situação curiosa, porque os resultados carregam um pessimismo maior do que o rendimento da equipe. Nas duas últimas rodadas, contra Sport e Palmeiras, duas das maiores forças do Brasileiro até aqui, o Leão ficou em vias de alcançar algo melhor - levou o gol do empate no último lance, ao ceder um pênalti aos pernambucanos, e poderia ter buscado um empate com os paulistas, especialmente no começo do segundo tempomas não fez, se desarrumou e levou mais dois gols. Quando um time não ganha ao jogar mal e também não ganha ao não jogar tão mal assim, é um problema. O elenco mostra altos e baixos - algo típico de times instáveis. Claudinei não entrou bem no lugar de Eduardo Neto, suspenso, e isso pode ter afetado o desempenho de Renan, mais discreto do que o habitual. Na frente, Rômulo e William foram pouco participativos, com só cinco passes cada.







O jogo em 140 caracteres

Foi a primeira derrota em casa do Figueirense no ano. Tinha 18 jogos de invencibilidade: 13 vitórias e cinco empates.



O Joinville não vencia como visitante no Brasileiro há 30 anos. Eram 34 jogos, com 16 empates e 18 derrotas.



A vitória do JEC não foi ocasional. Teve mais posse de bola (55% a 45%) e mais chances reais de gol (cinco a três).





As duas vitórias seguidas eram um empurrão daqueles para o FIGUEIRENSE bater o lanterna em casa e engrenar no Brasileirão. Mas deu tudo errado. O time de Argel teve um misto de azar e incompetência na derrota para o Joinville. Azar pelas condições climáticas, que deram certo grau de anormalidade à partida - o campo, encharcado, tem influência no primeiro gol; e incompetência pela imperícia dos atacantes nas chances que tiveram quando o jogo estava 1 a 0. O segundo tempo foi particularmente preocupante, com rendimento nulo. O Figueira mostrou incapacidade de enfrentar uma defesa fechada - em geral, esse papel cabe a ele, mas o contrário também acontecerá, e ele precisará lidar com isso. A defesa se mostrou menos estável do que nas rodadas anteriores. É provável, porém, que a derrota seja um ponto fora da curva em uma equipe relativamente estável - que faz jogos equilibrados, ganhando por pouco e também perdendo por pouco. O resultado não pode ser superdimensionado.





O JOINVILLE vive seu melhor momento no campeonato. E não apenas pelos resultados - dois jogos sem perder (algo inédito nas primeiras 12 rodadas) e sem sofrer gols, ambos fora de casa, com um empate e uma vitória. O mais importante é a evidente evolução no rendimento da equipe - crescimento, em parte, mental. O JEC entendeu o recado que o segundo tempo do 0 a 0 com o Coritiba deixara: de que é possível (e necessário) deixar a timidez de lado e se tornar mais agressivo; de que agredir os adversários deve fazer parte da estratégia para não ser tão agredido; de que cumprir tabela é pouco para um clube que tanto sonhou com o retorno à Série A. Quando fez 1 a 0 (primeira vez em que saiu na frente no Brasileirão), o Joinville teve o cacoete natural de recuar e permitir ao adversário que o atacasse, mas o segundo tempo teve cenário bem diferente: solidez defensiva e coragem para atacar em busca de mais um gol. É isso que o time de Adílson Batista deve manter contra o Inter (time desinteressado e em momento de bagunça tática): responsabilidade sem medo; ousadia sem desequilíbrio. E bola no Kempes, porque ele anda cheio de confiança - fez mais gols gols, como acontecera na outra vitória do JEC no Brasileiro, o 2 a 1 sobre o Goiás.







O jogo em 140 caracteres

O São Paulo esteve em campo nos dois resultados mais elásticos do Brasileirão: levou 4 a 0 do Palmeiras e fez o mesmo placar no Vasco.



O Vasco passa a ter o pior ataque do Brasileirão, com apenas cinco gols, ultrapassado pelo Joinville, que foi a seis.



Apesar de goleado, o Vasco teve cinco segundos a mais de posse que o São Paulo: 28min14 contra 28min09.





O VASCO é um time órfão de estratégia, que está na 12ª rodada do Brasileiro (quase um terço de campeonato) ainda tateando em busca da formação ideal para amenizar suas carências. Celso Roth tentou adotar uma tática de guerrilha contra o São Paulo, escalando três volantes (Guiñazu, Serginho e Lucas) muito mais de combate do que de saída. Não deu certo. Com 17 minutos, já perdia por 2 a 0, e com 27 ele desfez o esquema, sacando Lucas e colocando Rafael Silva. O time melhorou - em parte, por certa acomodação do São Paulo, que tinha a vitória muito bem encaminhada. Não fosse a sucessão de gols perdidos por Riascos (três em seis minutos, quando o jogo estava 3 a 0), o resultado poderia ter sido menos agressivo. Mas não aconteceu, e ainda levou o quarto - expondo novamente a defesa, que parecia ser o ponto forte do time (Rodrigo esteve irreconhecível). A situação do Vasco é muito complicada, porque a urgência de resultados impede Celso Roth de apostar em alguma medida de médio prazo - que prepare agora, mesmo que à base de derrotas, uma estrutura para colher vitórias daqui a um tempo. O Vasco não tem esse tempo - tanto que seguirá na zona de rebaixamento mesmo se vencer o Grêmio em Porto Alegre no domingo.





Rogério Ceni disse que o SÃO PAULO jogou melhor no 0 a 0 contra o Fluminense do que no 4 a 0 sobre o Vasco. Defensivamente (é um goleiro falando, afinal), faz sentido. O placar desta quarta-feira foi exagerado pelo tanto de gols que o adversário tricolor perdeu, e aí vale um alerta: quando do outro lado estiverem atacantes melhores e menos pressionados, tende a ser diferente. Mas o porém não deve tirar valor da fundamental vitória são-paulina. A equipe de Juan Carlos Osorio não ganhava há quatro jogos, desde a sétima rodada, e precisava muito dos três pontos - até para amenizar o clima ruim no clube, com reclamações de jogadores em substituições e cobranças públicas sobre salários atrasados. E ganhou mostrando envolvimento ofensivo e permitindo que seus talentos mais exponenciais (caso notório de Pato, com um gol e uma assistência) aparecessem. O São Paulo, mesmo oscilando, está à beira do G-4, e sua tendência é de crescimento, porque tem bola para isso. Continua sendo aquilo que nem quatro rodadas sem vitórias haviam apagado: um candidato ao título.







O jogo em 140 caracteres

Bastaram dez minutos para Guerrero fazer seu primeiro gol pelo Flamengo. Mas foi irregular: Canteros deu o passe impedido para o peruano.



Foi a primeira vitória do Flamengo no RS pelo Brasileiro, no formado por pontos corridos. Antes, eram 28 jogos, com 17 derrotas e 11 empates.



O Inter disputou nove jogos desde que avançou às semifinais da Libertadores. Venceu dois, empatou três, perdeu quatro.





Faltando menos de uma semana para o primeiro jogo da semifinal da Libertadores, contra o Tigres, o INTER compete com Santos e Vasco pelo posto de pior futebol do Campeonato Brasileiro nas últimas quatro ou cinco rodadas (nem Joinville e Coritiba, da zona de rebaixamento, têm jogando tão mal). Não fez nada contra times fortes, casos de Sport e Atlético-MG, e tampouco contra times frágeis - como Santos e Flamengo. Não há ocasionalidade nos fracassos colorados. Eles são oriundos do desinteresse vermelho pelo Brasileirão (consequência da Libertadores, claro), da ausência de jogadores fundamentais (Alisson, Juan, Eduardo Sasha, Aránguiz, Nilmar) e, o mais preocupante, da impressionante queda técnica de atletas como William, Geferson e até D'Alessandro. A mistura disso tudo causa a enorme bagunça que virou a equipe de Diego Aguirre desde que passou pelo Santa Fe nas quartas de final da Libertadores - e o treinador se mostra incapaz de resolver essa equação. O Brasileirão, está claro, atrapalhou o Inter. A dúvida é quanto - saberemos na próxima quarta-feira.





Paolo Guerrero tem capacidade para revolucionar a vida do FLAMENGO no Campeonato Brasileiro. Ele é, desde já, a referência técnica da equipe - algo que ela não tinha. É seu norte, é para onde vai apontar a bússola do time, é o ponto para onde vão convergir as ações dos demais jogadores. O Flamengo, com o peruano, não passa a ter apenas um ótimo centroavante: passa a ter lógica ofensiva. Grandes jogadores têm a capacidade de melhorar bons jogadores que jogam ao seu redor, e o Flamengo tem bons jogadores, tem atletas com capacidade de evolução (parte da torcida não gosta de Cáceres, por exemplo, mas ele é muito importante para o time). O caminho é longo, a equipe é modesta, o treinador não tem domínio do elenco ainda (evidenciou isso contra o Figueirense), e 12 rodadas só serviram para tirar o Fla da zona de rebaixamento - o que é muito pouco. Mas o Rubro-Negro passa a ter um horizonte, tão bem representado no gol e na linda assistência de Guerrero contra o Inter.







O jogo em 140 caracteres

Não há mais invictos no Campeonato Brasileiro. O Sport, último sem derrotas até o começo da rodada, teve seu primeiro revés.



O Atlético-MG é líder com cinco vitórias consecutivas, a melhor sequência do momento no Brasileiro - o Palmeiras tem quatro.



O Sport esteve firme na marcação. Teve oito vezes mais desarmes que o Atlético: 32 contra oito.





O ATLÉTICO-MG fechou esta rodada na liderança do Campeonato Brasileiro e seguirá assim no fim de semana se pelo menos empatar contra a Ponte em Campinas. O Galo é o principal candidato ao título nacional e começa a demonstrar isso mais claramente na tabela - com a liderança isolada, com a maior sequência de vitórias da competição, com o ataque mais positivo da disputa. E com a capacidade de vencer um concorrente direto, o Sport. Nos dois últimos anos, ao ganhar torneios de mata-mata, o Atlético parece ter conquistado maturidade para também levar isso aos pontos corridos. Virou um time de fôlego. Falava-se que não conseguia jogar fora o mesmo que joga em casa, mas tem apenas uma derrota longe de Belo Horizonte no Brasileiro: para o Atlético-PR (a outra foi no clássico com o Cruzeiro). No triunfo sobre o Sport, em jogo duro, soube lidar com a dificuldade de fazer o primeiro gol e com a urgência de fazer o segundo logo depois do empate. Soube ser agressivo sem se afobar - isso é maturidade. E tem Lucas Pratto, um dos melhores centroavantes em atividade no país.





Esta é a primeira vez no Campeonato Brasileiro em que o SPORT passa duas rodadas sem vencer. Natural: uma hora iria acontecer. Não é isso que fará o time pernambucano duvidar de si próprio depois de um começo tão bom na competição. A derrota para o Atlético-MG está dentro de um roteiro normal. Ela machuca mais pela tabela, por o Galo ser o líder, do que pelo desempenho rubro-negro. O Sport foi melhor no Mineirão do que na rodada anterior, o empate por 2 a 2 com o Avaí em Florianópolis. Teve postura defensiva aceitável contra o melhor ataque do Brasileirão e demonstrou personalidade para ir em busca do empate ao sair atrás no segundo tempo. Continua sendo um candidato forte às primeiras colocações - mesmo tendo saído do G-4 (pode, porém, melhorar como visitante: são cinco empates e uma derrota fora de casa). Talvez seu maior desafio no campeonato venha agora, ao receber o ascendente Palmeiras sem Rithely e Maikon Leite, peças muito importantes. Terá que mostrar elenco - Diego Souza será ainda mais importante.







O jogo em 140 caracteres

Os meias do Corinthians (Jadson e Renato Augusto) assumiram a responsabilidade e foram os que mais chutaram a gol: três vezes cada.



Otávio, do Atlético-PR, e Jadson, do Corinthians, foram os melhores em campo. Levaram nota 8,0 no Troféu Armando Nogueira.



O zagueiro chileno Vilches estreou pelo Furacão. Acertou 39 dos 41 passes que deu, fez duas faltas, sofreu duas e teve uma roubada de bola.





O CORINTHIANS vive de fases em 2015 - e cabe aproveitar a atual e não deixá-la escapar. A vitória sobre o Atlético-PR mostrou dois elementos do Timão, dois pontos que ele já demonstra, mas que pode incrementar: capacidade técnica, simbolizada desta vez em Jadson, autor de um gol e uma assistência, e organização tática - o que permite alcançar a vitória mesmo deixando a bola a maior parte do tempo com o oponente (43% a 57% de posse). Ao ver seu elenco fragilizado (Guerrero no Flamengo ilustra bem) pela perda de jogadores importantes, o time alvinegro precisa ainda mais dos expoentes que restaram (caso também de Elias, novamente destaque, dono do primeiro gol) e do dedo de seu treinador (a defesa é a melhor do Brasileirão, com apenas oito gols sofridos, mesmo número do Palmeiras). Ainda há questões a corrigir - o gol de falta de Jadson nasceu em momento complicado do Corinthians na partida. Mas perceber margem para evolução é a melhor notícia possível para o torcedor corintiano. Evidencia que a equipe ainda não chegou a seu teto.





O Brasileirão teve 12 rodadas até agora, e o ATLÉTICO-PR ganhou 15 de seus 19 pontos nas seis primeiras - apenas quatro nas seis mais recentes, portanto. Há uma trajetória de queda na campanha do Furacão. A dúvida é qual das duas realidades é mais compatível com a capacidade rubro-negra: a primeira, que o colocou no topo da competição, ou a segunda, que já o faz ocupar a oitava colocação. Apesar da derrota, a atuação contra o Corinthians sinaliza que a equipe paranaense pode voltar a crescer. Ela dominou boa parte do jogo, teve mais a bola e chegou mais ao ataque, mesmo na casa do adversário. Mas não soube fazer o gol - Walter, suspenso, fez muita falta. Destaque, mais uma vez, para o volante Otávio, um dos melhores jogadores do campeonato.







O jogo em 140 caracteres

Gustavo Scarpa fez seu primeiro gol com a camisa do Fluminense. Ele tem dez jogos pela equipe tricolor.



Os mineiros haviam vencido os cariocas nas cinco partidas entre equipes dos dois estados no Brasileiro até este jogo.



O Cruzeiro tem quatro derrotas nas últimas cinco rodadas. Detalhe: todas elas por 1 a 0.





Enderson Moreira tem dez jogos no comando do FLUMINENSE. Em seis deles, o time não sofreu gols. Isso começa a explicar a arrancada tricolor rumo à vice-liderança do Campeonato Brasileiro - algo impensável para quem viu o time ser engolido pelo Atlético-MG naquela goleada de 4 a 1 na segunda rodada - último jogo antes da chegada do novo treinador. A partir de uma boa base defensiva, o técnico começou a montar sua engrenagem ofensiva, apostando em uma formação mais leve para contrabalançar a presença de um centroavante mais pesado. Melhor ainda: mais leve e mais jovem. Nesta quinta-feira, o Flu terminou a partida com seis jogadores formados no clube. Isso vale muito - e fez Fred sair de campo emocionado, com os olhos marejados, enquanto a torcida louvava o elenco com o cântico de "time de guerreiros". Há equipes jogando melhor do que o Tricolor neste Brasileiro (Atlético-MG e Palmeiras, especialmente), mas o time carioca chegou. E chegou com força.





O bicampeão brasileiro, o time que impressionou por sua regularidade e objetividade nos dois últimos anos, está a três pontos da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro pouco mais de um semestre após celebrar seu segundo título. Pouco sobrou daquela equipe. O CRUZEIRO vendeu muito, contratou mal, demitiu o técnico que o tornou bicampeão (e que agora tem quatro vitórias seguidas pelo Palmeiras) e contratou Vanderlei Luxemburgo. Achou que Luxemburgo faria aquilo que Marcelo Oliveira não conseguia mais fazer. E não teve resposta. São 13 pontos de distância para o líder - que calha de ser seu maior rival, o Atlético-MG. Luxa quer virar o turno ali pelo sexto, sétimo lugar, e aí dar uma arrancada. Será? Não há qualquer sinal disso. O Cruzeiro oscila entre o razoável (primeiro tempo) e o muito ruim (segundo tempo). No Maracanã, foram quatro finalizações apenas - disparado o pior índice de toda a rodada. Só uma delas foi de um jogador de frente (Willian). As outras foram de um zagueiro (Manoel, duas vezes) e de um volante (Henrique). É muita pobreza.



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