Romário explica voto contrário à aprovação da MP do Profut no Senado

13/7/2015 20:25

Romário explica voto contrário à aprovação da MP do Profut no Senado

Baixinho foi um dos seis senadores que se opuseram ao texto nesta segunda-feira

Romário explica voto contrário à aprovação da MP do Profut no Senado

Romário já tinha dito que votaria contra o texto da MP (Foto: Ana Volpe/Agência Senado)



O senador Romário (PSB-RJ) explicou os motivos de ter sido um dos seis membros do Senado a terem votado contra a aprovação da Medida Provisória 671, que refinancia a dívida dos clubes com a União. O texto foi aprovado com o placar de 50 a 6 na sessão desta segunda-feira.



- Muitas pessoas ligadas ao futebol me procuraram pedindo que eu apoiasse o Profut, eles defendem que este financiamento é bom para os clubes, mas não concordo. Primeiro porque não se pode, em um mesmo campeonato, instituir regras diferentes para os competidores de acordo com a adesão ou não ao Profut. Por exemplo, a MP prevê que os clubes que aderirem ao Profut e descumprirem as regras ficarão sujeitos a advertências e ficarão proibidos de registrar atletas. Grandes clubes, inclusive da Série A, já anunciaram que não irão aderir, porque já preveem que não conseguirão cumprir o acordo, logo já é sabido que sofrerão com as penalidades - explicou Romário, por meio de um comunicado emitido via redes sociais.



O Baixinho bateu o pé especialmente pelo fato de o texto da MP ter sido alterado substancialmente na Câmara, semana passada.



- O texto aprovado na Câmara retrocedeu muito. Itens importantes foram retirados do texto, como a redução gradual de déficit, ou prejuízo, até o limite de zero. Ficou a obrigação de reduzir para 10%, a partir de 2017, e para 5%, a partir de 2019. Outro item retirado do texto foi declarar a Seleção patrimônio cultural do povo brasileiro????. A seleção já é de fato, mas a CBF impede que ela seja de direito por medo disso abrir precedente para investigação do estado - afirmou Romário, que não parou por aí, citando ações de outros parlamentares:



- O limite de endividamento dos clubes também foi ampliado, o relatório do Otávio Leite previa o endividamento com pagamento de salário de jogador até o limite de 70%, o deputado Jovair Arantes (Bancada da CBF) ampliou para 80%. Por fim, como já falei aqui, o texto não prevê nenhuma sanção para a CBF, caso a entidade não cumpra a determinação de rebaixar o time que não conseguir comprovar o pagamento de débitos, conforme ficou previsto no Estatuto do Torcedor. Só por isso, a CBF já é a favor da MP e eu contrário a tudo que a CBF é a favor.



O Baixinho, que tenta articular a CPI da CBF, finalizou:



- Saio da votação com a consciência tranquila.



Como passou pelo Senado, o texto irá para a sanção presidencial. A presidente Dilma Rousseff, no entanto, ainda poderá vetar o item que achar necessário.









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