Último clube do novo técnico do Peixe havia sido o Palmeiras, seu próximo adversário (Foto: Ivan Storti / Santos FC)
Os desafios de Dorival Júnior nesta segunda passagem pelo Santos se sobrepõem dia a dia: voltar a vencer, administrar um elenco há dois meses sem receber salários, lidar com desfalques constantes, falta de reforços... Neste domingo, contra o Palmeiras, mais uma missão dura bate à porta do treinador de 53 anos: levar a melhor em um clássico após quase dois anos de "abstinência" em sua carreira.
A última vitória de Dorival em um clássico não foi nem pelo Palmeiras e nem pelo Fluminense, seus dois últimos trabalhos. Foi em outubro de 2013, pelo Vasco, justamente contra o Fluminense. Desde a primeira passagem pelo Santos, aliás, que Dorival não se destaca em clássicos. Em 2010 foram oito partidas, com cinco vitórias e três derrotas, aproveitamento de 63% – número bem superior aos 45% que acumulou depois.
Nos bons tempos de Santos-2010, Dorival venceu sem grandes problemas o São Paulo e o Corinthians. Mas contra o Palmeiras, rival de seu primeiro clássico nesta segunda passagem, a situação foi diferente: dois jogos e duas derrotas, mesmo com o time de Ganso, Robinho e Neymar "voando". Assim, o Verdão é o único rival que Dorival não venceu pelo Peixe.
Não bastasse a motivação para tirar o Santos da zona do rebaixamento e o "plus" de quebrar o tabu no Allianz Parque, o jogo de domingo ainda tem um gostinho mais especial para Dorival: ele ainda não engoliu direito a demissão do Palmeiras.
Contratado para afastar o risco de cair para a Série B, ele teve 20 jogos de trabalho e alcançou sua meta. O desejo era cumprir o contrato até junho de 2015 e iniciar um novo planejamento, o que não ocorreu por decisão da diretoria, que apostou em Oswaldo de Oliveira e até já trocou por Marcelo Oliveira há um mês.
- Desde que saí do Santos foram momentos complicados, situações bem difíceis, mas eu confio que no Santos possa iniciar o trabalho em 2016 - disse, logo na apresentação, o treinador que assinou contrato por dois anos e meio e não quer ser só um "bombeiro" na fuga da degola.
Apesar de tudo, o primeiro técnico do Palmeiras na história do Allianz Parque mantém o discurso padrão:
– Não, não tem sabor especial...
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