Kardec já demonstra desgaste com indefinição (Foto: Eduardo Viana/ LANCE!Press)
Com dez gols em 17 jogos pelo Palmeiras neste ano, Alan Kardec é um dos ídolos da torcida alviverde. Mas os torcedores do Palestra podem perdê-lo, assim como perderam o argentino Barcos no ano passado. Emprestado ao Palmeiras pelo Benfica, de Portugal, o contrato de Kardec termina no fim de junho e a diretoria ainda não acertou sua renovação.
No fim de 2012, quando o Alviverde foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, era o argentinho e ídolo do torcedor palmeirense no momento, Hernán Barcos, que era perseguido pela novela da renovação.
Mesmo com 'medo' de perder visibilidade por conta de disputar a segunda divisão do Brasileiro e não ser mais convocado pela seleção argentina, Barcos renovou com o Palmeiras em janeiro do ano passado em um contrato que teria fim apenas em 2016.
Menos de um mês depois, o atacante foi negociado com o Grêmio. Na época, o tricolor gaúcho assumiu as dívidas que o Verdão tinha com a LDU (EQU) e de atrasos salariais com o próprio atleta.
Além disso, o Palmeiras ainda recebeu em troca do atacante, uma parte em dinheiro e mais quatro jogadores: Vílson, Léo Gago, Rondinelly e Leandro (único que permanece no time até hoje).
Na contestada negociação, o Grêmio não pagou a multa recisória que estava estipulada no contrato de Barcos. A diretoria palmeirense penou para explicar a ida do argentino para Porto Alegre.
Caso a indefinição persista, o Palmeiras pode acabar perdendo Kardec, hoje uma peça chave para que o time de Gilson Kleina jogue bem. O pai e empresário do atacante, que também se chama Alan Kardec, já se mostrou aberto a ouvir propostas de outros clubes.
Os representantes do atleta, alegam que mesmo a contragosto, aceitaram o modelo de produtividade proposto pelo presidente Paulo Nobre e reduziram a pedida salarial. Mesmo assim o imbróglio da negociação segue e já incomoda o jogador.
- Tem que ter equilíbrio, não gosto de falar das negociações e vou manter essa postura. Tecnicamente não fui um dos melhores, mas na parte final Deus me abençoou com o gol - afirmou o camisa 14 após o jogo contra o Criciúma no último domingo.
- Se no futuro meu filho for para outro clube e alguém insinuar que ele foi mercenário, podem me procurar. Estarei aberto a dar qualquer tipo de documento. Tenho certeza que vai causar espanto à maioria - disse o pai do atleta, referindo-se a baixa proposta que o Palmeiras ofereceu ao atacante.
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