Julgamento de Dudu tem mal-estar por declaração machista e rivalidade

21/7/2015 07:55

Julgamento de Dudu tem mal-estar por declaração machista e rivalidade

Auditor Wladimir Cassani (centro) lamentou pela passagem de Thiago Heleno pelo Palmeiras

Julgamento de Dudu tem mal-estar por declaração machista e rivalidade

Sergio Barzaghi/Gazeta Press



O julgamento do atacante Dudu durou cerca de 2h20 e foi permeado por alguns momentos que geraram mal-estar na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF). Um dos auditores que participaram da votação, Wladimir Cassani, deu uma declaração durante sua apreciação que foi repreendida dentro do próprio Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, nesta segunda-feira.



“Tem gente que se pergunta por que o goleiro pega a bola com a mão e ninguém marca falta, principalmente as mulheres”, afirmou o auditor, que, ao fim de suas ponderações, ouviu a divergência do presidente do TJD-SP, Mauro Marcelo de Lima e Silva. “Só queria dizer que acho que as mulheres entendem de futebol. Poderia citar minha esposa e minha filha como exemplos, além aqui da doutora Sônia (Andreotti Carneiro Frúgoli)”, declarou, citando a auditora presente no julgamento.



Antes de ter dado seu voto para suspensão de seis partidas a Dudu, ao contrário da maioria, que votou por 180 dias, Cassani ainda aproveitou para falar sobre um exemplo usado pelo departamento jurídico do Palmeiras, referente ao zagueiro Thiago Heleno, do Figueirense, que no ano passado precisou ser contido em campo por conta de sua irritação com o árbitro.



“Ainda bem que ele saiu do Palmeiras. Não sei como o Palmeiras contratou esse cara”, declarou o auditor, lembrando da época em que o defensor passou pelo time paulista. Posteriormente, Cassani confirmou que torce pelo time de Palestra Itália, alegando não ter interferência em seu trabalho.



Porém, ainda no início do julgamento, o advogado alviverde, André Sica, incomodou os auditores ao se referir ao time de um dos membros do TJD: o procurador do caso, Alexandre Husni, que é conselheiro do Corinthians e não estava presente nesta segunda-feira.

“O parecer não veio da procuradoria-geral, mas sim de um procurador em primeira instância, conselheiro de um time rival do Palmeiras, que já se manifestou no caso do Petros dizendo que aquilo tinha sido desrespeito à arbitragem. É o mesmo procurador”, afirmou o advogado, citando o caso do meio-campista corintiano, que, depois de ter sido punido em 180 dias pelo STJD, acabou tendo a punição reduzida no recurso julgado no tribunal nacional.



A declaração de Sica foi respondida por Mauro Marcelo de Lima e Silva. “Independentemente de simpatia que qualquer auditor tenha por um time, nós costumamos julgar com profissionalismo, e não com emoção, ao contrário do que o senhor fez agora na defesa de seu cliente”.



O relator do caso, Aloizio Rodrigues, que já havia parabenizado o advogado pelo recurso redigido de forma “brilhante e aguerrida”, também manifestou seu incômodo com a referência ao time do procurador, motivando inclusive um pedido de desculpa de Sica.



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10245 visitas - Fonte: Gazeta Esportiva

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