Prass já conversou com Marcelo Oliveira para que o time não se espalhe tanto e mantenha a bola
Na última semana livre do Palmeiras só para treinar, Marcelo Oliveira levou o elenco para Atibaia e iniciou-se a reação que levou o time de perto da zona de rebaixamento para sonhar com o título brasileiro, com cinco vitórias e um empate desde então no torneio. A partir da manhã desta quarta-feira, os jogadores voltam de dois dias de folga para aproveitar o tempo livre em busca do aprimoramento técnico que falta.
A ânsia do Verdão em se recuperar tornou o estilo da equipe agressivo, com marcação adiantada e velocidade para atacar. Mas esse espírito virou ansiedade e o treinador e Fernando Prass, um dos mais experientes do grupo, se queixam de sofrimento desnecessário. Entre esta manhã e sábado, a ideia é fazer o time compreender a necessidade de controlar melhor a bola para dominar a partida.
“Não estamos tendo paciência, queremos agredir logo o adversário. É uma característica do nosso time, que é incisivo, ofensivo, vai para cima. Temos de trabalhar até na conversa, no dia a dia, para se policiar. Não é em toda bola que você tem que ir para cima, às vezes é bom até você jogar para trás porque fica com a bola e tem um controle maior do jogo”, falou Prass.
O goleiro falou sobre o assunto com Marcelo Oliveira logo após a vitória por 1 a 0 sobre o Santos, no último domingo, no Palestra Itália. O Palmeiras abriu o placar aos 14 minutos de jogo, mas não tocou a bola para aproveitar o desespero do rival, que está na zona de rebaixamento. Sofreu até o último minuto para garantir três pontos – o que não se deseja para o duelo diante do Vasco, no próximo domingo, em São Januário.
“Conseguíamos recuperar a bola ali atrás e nosso centroavante esticava o time, porque tinha que dar profundidade, só que os nossos dois jogadores de lado de campo davam profundidade também, e ficamos sem ligação. Se esses jogadores agruparem para pegar a bola em vez de dar largura no jogo, o centroavante vai empurrar os zagueiros lá atrás, teremos posse de bola maior e, assim, o adversário não pressiona”, opinou Prass.
“É uma situação que temos de ir melhorando, faz parte do crescimento. Quando roubamos a bola, fazemos a ligação direta ou já levamos logo para o lado. De repente, poderíamos rodar por trás”, insistiu o goleiro, com a concordância do técnico, que se incomoda também com o espaço dado aos adversários para trocar passes no campo de defesa do Palmeiras.
“Teremos um tempo maior para trabalhar nesta semana. Nosso jogo está bem intenso, é um time que vai com tudo para cima, mas precisamos quebrar a ansiedade quando temos a bola. Rifamos muito a bola. Isso depende de treinamento, posicionamento em campo. São coisas treináveis, que podemos corrigir. Com esses ajustes, melhorando um pouco a posse de bola, o Palmeiras vai evoluir ainda mais”, projetou Marcelo Oliveira.
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