Lucas deixou Walter sozinho e ainda ajeitou de cabeça para o centroavante decidir o jogo (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
“Isso me irrita muito. É uma bola previsível, você ensaia muito para marcar. Nossa marcação é individual, então não pode aparecer alguém absolutamente sozinho. Houve um erro e pagamos caro por esse erro.” Essa é a análise de Marcelo Oliveira sobre o gol de Walter que definiu a derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR.
A falha foi de Lucas. O capitão do Palmeiras deixou Walter sozinho na pequena área para tentar afastar de cabeça já à altura da marca do pênalti. Acabou ajeitando para o centroavante balançar as redes e acabar com a festa armada em Palestra Itália lotado.
“A bola bate na minha cabeça e sobra para o Walter. Foi um pouco de falta de sorte. Mas o Walter estava muito sozinho. Faltou eu estar grudado ali no Walter, que ele não faria o gol”, admitiu Lucas, citando um azar para explicar seu erro. Apenas um dos que incomodaram o técnico.
“Não jogamos bem. Estivemos muito no campo de ataque, com jogadas pelos lados, mas erramos muito na parte técnica. Apesar de termos bom volume, criamos muito pouco. Sabíamos que o Atlético, como um time bem organizado, jogaria pelo contra-ataque, pela bola parada. Houve um descuido, eles fizeram o gol. Lamentamos, temos que cobrar, corrigir”, indicou Marcelo Oliveira.
Embora não usassem como desculpa, os jogadores se queixaram do calor no jogo iniciado às 11 da manhã deste domingo. Mas o treinador não aponta interferência do clima na derrota e, entre as correções de posicionamento, cobrou que Rafael Marques ou Dudu fechassem mais o meio-campo para impedir a tranquila saída de bola do Atlético-PR.
O técnico não lamentou tanto a saída da zona de classificação para a Libertadores, mas deixou clara a frustração pelas falhas depois de seis vitórias e um empate nas últimas sete rodadas do Brasileiro. De qualquer forma, não condenou tanto a atuação defensiva. Apenas a decisiva falha de Lucas.
“É uma orientação. Apertar o adversário no início, por dez, 15 minutos. Não dá para fazer isso durante todo o jogo, mas como cartão de visita é uma orientação e até fizemos isso. E não demos tanta chance a eles no contra-ataque, mas demos a chance que eles queriam na bola parada. Você pode até levar o gol em mérito absoluto do adversário, mas ali o Walter pegou a bola sozinho”, reforçou.
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