Análise: o tamanho da perda de Gabriel e as alternativas do Palmeiras

4/8/2015 07:39

Análise: o tamanho da perda de Gabriel e as alternativas do Palmeiras

Símbolo da reconstrução do elenco alviverde, volante está fora do Brasileiro por conta de lesão. Manter equilíbrio do time vira desafio de Marcelo Oliveira

Análise: o tamanho da perda de Gabriel e as alternativas do Palmeiras

Sem Gabriel, Robinho pode jogar como volante, com Cleiton Xavier entrando na armação



A derrota em casa para o Atlético-PR e a consequente saída do G-4 do Campeonato Brasileiro foram frustrantes para a torcida do Palmeiras, mas o saldo da partida do último domingo tornou-se bem pior na tarde desta segunda-feira. A perda do volante Gabriel, que sofreu grave lesão no joelho esquerdo e só voltará a jogar futebol no ano que vem, é um desafio enorme para o técnico Marcelo Oliveira.



Titular absoluto e símbolo de regularidade no reformulado elenco desta temporada, Gabriel era, ao lado de Fernando Prass, o jogador que mais entrou em campo pelo Palmeiras em 2015: disputou 40 das 42 partidas. No Brasileirão, o volante atuou em todos os 16 confrontos disputados até aqui e caiu nas graças da torcida.



Gabriel é o jogador mais acionado e o que mais acerta passes no Verdão na competição nacional (média de 30,69 passes por jogo, à frente de Egídio, que tem 30,13). Ele também é o que mais rouba bolas no time (35, oitavo no ranking geral, liderado por Otávio, do Atlético-PR, com impressionantes 56 roubadas). Apesar de ser volante - ou seja, o jogador, em tese, a dar o combate no adversário mais criativo -, Gabriel não teve nenhuma suspensão no Brasileirão. Achar um substituto para ele não será tarefa fácil.



Quase na metade de um equilibrado campeonato, Marcelo Oliveira precisa encontrar uma saída para fazer com que o restante da equipe não sinta a saída de um dos seus principais pilares, tática e psicologicamente.



As opções mais óbvias seriam Amaral, que não empolgou quando teve chance na equipe, e Andrei Girotto, que substituiu Gabriel durante o jogo contra o Atlético-PR, no ultimo domingo, mas que também pouco anima o torcedor.



Em Gabriel, o técnico palmeirense tinha sua bola de segurança: alguém para marcar com rigor o meio-campo adversário e diminuir sua capacidade de criação, sem comprometer a saída de jogo – prova disso são os 491 passes certos nos citados 16 jogos, marca que o credenciava como oitavo melhor atleta, entre todos que disputam o Brasileiro, nesse quesito.





Se Marcelo Oliveira quiser manter Robinho na armação, pode escalar Amaral ou Andrei Girotto na vaga de Gabriel



O elenco é qualificado, e o Palmeiras tem como “driblar” a perda sem comprometer a campanha que até aqui coloca a equipe na sexta colocação e a apenas um ponto do G-4. Robinho já deixou claro que prefere atuar como meia, mas tem capacidade para substituir Gabriel como volante – o que aumentaria a responsabilidade de Arouca na marcação.

Além disso, é preciso ajustar o revezamento entre os volantes nas subidas ao ataque – mantendo o chute de longa distância como arma. Gabriel marcou dessa forma contra o XV de Piracicaba (no Paulistão) e Figueirense (Brasileirão).





Opção menos provável é Zé Roberto como volante pela esquerda. Ele também pode se revezar com Robinho



Cleiton Xavier é ótima opção para deslocar Robinho e manter a qualidade da criação, que dá ao Palmeiras um estilo de jogo equilibrado e capaz de tirar pontos de adversários como Corinthians e Sport fora de casa - algo que a maioria das equipes não conseguiu.

Zé Roberto, 41 anos, é outra alternativa para o meio-campo. Ele também já atuou como volante, mas o desgaste físico prejudicaria uma sequência do veterano nessa posição.



Internamente, Gabriel é tratado como um dos jogadores mais humildes e queridos do elenco. O contrato do volante vai até o fim de 2016, e ele acompanhará de longe a conclusão de mais uma etapa do trabalho que ajudou a construir desde o início do Paulistão, quando tudo era novo no Verdão. Ao elenco, resta não permitir que o maior legado de Gabriel na equipe se perca e que o meio-campo continue sendo a base de um esquema tático candidato ao título brasileiro.





Gabriel se machucou no jogo contra o Atlético PR (Foto: Marcos Ribolli)



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4953 visitas - Fonte: GE

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