Atacante só fez três gols em 13 jogos após a complicada negociação para renovar seu contrato(Djalma Vassão/Gazeta Press)
No jogo que acabou com a primeira chance de título do Palmeiras no centenário, Leandro teve chance clara diante do goleiro e a desperdiçou bisonhamente quando ainda estava 0 a 0 a partida que terminou com vitória do Ituano em Pacaembu cheio. Aquele lance, contudo, não passa mais pela cabeça de seu protagonista. Embora eliminado e derrotado na semifinal do Paulista, o atacante se diz um vencedor.
Escolhido para dar entrevista coletiva nesta quarta-feira, o jogador de 20 anos foi bastante econômico nas palavras ao responder se ainda lembrava daquela jogada. “Não”, limitou-se a falar Leandro que, na saída daquele jogo, avisou que “ainda perderia outros gols daquela forma”.
O camisa 38 mostra que não sofreu influências negativas da frustrante derrota, tanto que avalia que voltou a fazer gol “na hora certa” ao balançar as redes contra o Criciúma, no domingo, pela primeira rodada do Brasileiro. “Passei por um momento sem gol no Paulista, mas faz parte. Sempre falei que estava bem tranquilo porque o gol ia chegar naturalmente, e chegou na hora certa.”
Leandro teve uma complicada renovação com o Palmeiras por conta de acerto salarial e até perdeu parte da pré-temporada enquanto não havia acerto. O clube apostou tanto em seu futebol que conseguiu R$ 8 milhões para ficar com 64% de seus direitos econômicos. Mas, neste ano, foram só três gols em 13 jogos.
Entretanto, nada abala o jogador, alvo de conversas de Gilson Kleina. “Sem dúvida, o jogador fica um pouco chateado quando começa a ficar muito tempo sem marcar gol, principalmente o atacante. O Kleina tem conversado comigo, me tranquiliza dizendo que tem total confiança em mim. E eu mesmo estou bem tranquilo porque sei que tenho potencial. Independentemente do tempo sem fazer gol, fico focado com a cabeça no lugar porque não vou ficar sem fazer gol para sempre.”
O atacante estava há mais de um mês sem balançar as redes: fez gol em 12 de março e passou cinco jogos em branco, exatamente duelos decisivos pelo Paulista e pela Copa do Brasil. Voltou a marcar exatamente após ficar uma semana treinando com a Seleção Olímpica. Mas minimiza até a influência da presença no grupo nacional.
“Ir para a Seleção é um privilégio muito grande, independentemente de ser nas categorias de base ou não principal. É legal pessoalmente, fiquei bastante feliz. Mas isso não teve influência nenhuma na minha confiança”, garantiu o jogador que está em sua quarta temporada como profissional e já se sente convicto na qualidade de seu futebol.
“Meu espírito de vencedor vai estar tanto na Seleção quando no Palmeiras. onde eu estiver ganhando, vou querer vencer e ganhar porque tenho o espírito de vencedor. Mesmo sendo jovem, já conquistei muitas coisas pessoalmente porque quero sempre ganhar e buscar o melhor”, declarou.
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