Palmeiras cria 'escola' para revelar e quer usar mais garotos em 2016

5/8/2015 08:06

Palmeiras cria 'escola' para revelar e quer usar mais garotos em 2016

Palmeiras cria 'escola' para revelar e quer usar mais garotos em 2016

Gabriel Jesus é a principal aposta da base alviverde (Foto:Alan Morici/LANCE!Press)



O Palmeiras tornou sua categoria de base uma "escola". O clube criou uma cartilha de trabalho nas divisões inferiores para revelar jogando bonito, de uma forma que agrade ao torcedor alviverde. Para isto, o "manual" conta com diversas diretrizes, como estilo de treinos, características de atletas para cada posição, e novos métodos de trabalho, esperando que a partir de 2016 algumas destas mudanças já comecem a dar resultado nos profissionais.



– A torcida do Palmeiras não cobra só o resultado, mas também um bom futebol. O perfil aqui é de ganhar e jogar bem, sendo um bom espetáculo. Então o Palmeiras tem uma escola de jogar mais exposto. Tem de ter zagueiros mais rápidos, pois se marca no campo de ataque, pressionando. Um zagueiro lento assim sofreria muito. Os laterais, também, são mais ofensivos, tipo Egídio e Lucas – resumiu o coordenador geral da base, João Paulo Sampaio, em entrevista ao LANCE!.



A implementação deste caderno passou pela aprovação do gerente de futebol Cícero Souza (o elo entre base e profissional) e do diretor de futebol Alexandre Mattos. A relação entre o time de cima e as categorias inferiores é boa, com direito a intercâmbio de jovens e treinos do sub-20 na Academia. No elenco principal, porém, há apenas cinco jogadores da base, ofuscados pelas 24 contratações feitas para 2015. Espera-se que a mudança na formação no Palmeiras comece a dar frutos em três ou quatro anos, mas que já em 2016 o grupo tenha mais garotos.



– Nos últimos dois anos o clube sofreu com orçamento, e o presidente (Paulo Nobre) ficou de mãos atadas. Este ano, para trazer o torcedor de volta, a confiança de volta, era o momento de fazer essas contratações. Mas o planejamento do futuro é dar oportunidade aos meninos. Os garotos estão entendendo isto, e se preparando para em 2016 ter mais chances – avisou.



A ‘CARTILHA’



Goleiro: Os goleiros formados no clube precisam ter, em média, 1,87m de altura. É importante saber jogar com os dois pés e treinar como líbero, também.



Laterais: Há preferência pelo apoio. Os jogadores da posição devem ter resistência, boa recomposição, além de bom cruzamento e saber fazer transições ao ataque.



Zagueiro: Os defensores precisam ter, em média, 1,83m, além de velocidade, boa técnica, e treinar as duas pernas. Devem ter qualidade no jogo aéreo, tanto ofensivo quanto defensivo, e na marcação.



Volante: Líder em campo, o volante têm de ter um bom passe, boa leitura de jogo, além de um bom chute a gol de média e longa distância.



Meia: Os armadores precisam ter capacidade técnica elevada em todos os fundamentos e inteligência em campo. Boa capacidade para dar assistências e finalizações.



Atacante: As mesmas características procuradas nos meias.



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Este caderno de trabalho na base é definitivo ou flexível?

Nada é engessado. Tem determinações sobre treinos táticos, estilo de atividades, como trabalhar com um a mais, um a menos, mas sempre podemos discutir.



Há uma ordem para que os times da base usem o mesmo esquema da equipe profissional?

Não, quem faz o sistema são os atletas e eles têm de aprender a jogar em vários, até pela troca constante de técnicos no Brasil. O que tem de ter é, no mínimo, três sistemas prontos. Temos de ensinar o máximo de sistemas para eles entenderem.



Jogadores abaixo do sub-15 agora não tem mais posição. Por quê?

Isso já tinha implantado no Vitória. Não havia time titular nem posição fixa até os 15 anos. Os times europeus fazem muito isto, você enriquece o jogador, dá opções, como se fosse uma escola, mesmo.



Quando você pensa em ver os resultados deste novo manual?

Já peguei um caminho muito bem estruturado pelos últimos dois anos com o (Erasmo) Damiani (hoje coordenador da base na CBF) e isto facilitou. O resultado aparece esperamos em três ou quatro anos. Claro que vão chegando alguns atletas na seleção, como tivemos dois na sub-20 (João Pedro e Gabriel Jesus). A marca Palmeiras e o trabalho realizado já fazem aparecer.



Trabalha com obrigação de títulos na categoria de base?

Não, nunca tive esta ideia. Venho de uma escola que forma o jogador, e ser campeão vira consequência. O que nós prezamos é pela formação.







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