Egidio comemora gol do Palmeiras contra a Chapecoense
O Palmeiras sofreu com cartões durante boa parte do primeiro semestre de 2015: com Oswaldo de Oliveira, eram 2,4 cartões amarelos por jogo – o número subia para 3,4 nos clássicos. O alviverde, entretanto, aplica políticas para resolver o problema – isso envolve até multas a jogadores que exagerem em comemorações.
O UOL Esporte apurou que o jogador do Palmeiras que tirar a camisa ou exibir alguma mensagem ao comemorar um gol (infração punida com cartão amarelo) está sujeito a uma multa. O valor é de dois mil reais por ocorrência, e pode ser cobrado do mesmo atleta várias vezes. A medida foi devidamente explicada e apresentada a todo o elenco.
A prática está alinhada com a filosofia do presidente alviverde Paulo Nobre. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte publicada nesta quinta-feira, o mandatário afirmou que não tolera cartões infantis recebidos por seus jogadores ou quaisquer atitudes que possam ser interpretadas como desrespeito ao adversário.
"Certos cartões amarelos, vermelhos, acho um absurdo. Eu não falo com jogador, mas deixo claro com profissionais do futebol algumas filosofias. Não gosto que humilhe adversário – dar uma caneta para fazer um gol, tudo bem, mas só para humilhar adversário, não acho correto", disse Nobre.
Os cartões, de fato, atrapalham muito o clube. Logo que assumiu o comando do time, Marcelo Oliveira revelou preocupação com o número alto. "Time que está preparado e tem confiança, não precisa ter conflito com arbitragem e adversário. Quem está bem postado não precisa fazer tanta falta. Não vamos ser um time de santos, que não faz falta, mas dá para competir de forma legal. Isso, no final do campeonato, pode fazer a diferença", disse.
Além da medida que inibe os cartões bobos nas comemorações, o elenco também participou de conversas com a comissão técnica e outros funcionários do departamento de futebol para tentar tornar o time mais disciplinado.
Por enquanto, isso tem dado resultado: com Marcelo, a média de cartões caiu para 1,5 por partida. Isso não atingiu em nada o desempenho defensivo do Palmeiras, que sofreu 12 gols e tem a segunda melhor defesa do Brasileirão.
O Palmeiras volta a campo neste domingo, quando viaja para enfrentar o Cruzeiro, no Mineirão.
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