Avanti é o programa de sócios-torcedores do Palmeiras e tem feito sucesso no Allianz Parque
O clima de animosidade entre a atual direção do Palmeiras e a WTorre ganhou agora um novo capítulo. Conforme apurou o ESPN.com.br, o impasse desta vez é por conta do Avanti, programa de sócio torcedor do clube. A empresa de Walter Torre Júnior ingressou com uma nova arbitragem, independente da primeira que já está em andamento.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, na visão da empresa, a precificação dada pela diretoria alviverde acaba atrapalhando a venda das cadeiras cativas, colocando um conflito de preços e tipos de oferta, desvalorizando o segundo em detrimento do primeiro. Por essa razão, a WTorre entrou com uma nova arbitragem para cancelamento imediato do que tem sido feito no atual modelo do Avanti.
Segundo verificou a ESPN, o clube recebeu recentemente um documento da construtora avisando sobre a nova arbitragem, e a interpretação é de que os 'parceiros' da arena querem impedir que haja qualquer desconto na venda dos ingressos, como acontece atualmente, e consequentemente acabar com o programa Avanti, que já levou o Palmeiras a atingir quase 130 mil sócios-torcedores, só atrás do Inter no quesito em todo o país.
Pessoas próximas da WTorre, porém, negam que seja essa a intenção e dizem que o programa de associados é importante e deve ser mantido, inclusive com descontos. Falam que a ideia não é interromper o sucesso de público do Allianz Parque, já que as arquibancadas cheias atraem visibilidade e mais patrocínios ao estádio, mas sim impulsionar as vendas das cadeiras especiais.
Ainda de acordo com o que constatou a reportagem, a construtora entende como errada, na verdade, a postura do clube em dividir o estádio em setores e dar valores diferentes para os planos com os descontos nos ingressos se baseando na região da arena que os torcedores podem acessar, sendo que o primeiro conflito que corre na arbitragem ainda não foi resolvido.
Na briga anterior, que culminou na primeira arbitragem entre Palmeiras e WTorre, o desentendimento se dá por conta do número da divisão das cadeiras no Allianz Parque. O clube entende que a construtora tem direito a vender 10 mil cativas, enquanto ela defende que o número era maior, de pelo menos 22 mil lugares, podendo chegar a todos os assentos.
Se a empresa ganhar, há uma chance de sufocamento muito grande no programa de sócio, embora haja planos para evitar, além da certeza de uma receita muito menor com o clube, que hoje é o que mais lucra com bilheteria. Com mais de 20 mil lugares reservados para esse tipo de cadeira, só sobraria praticamente a metade para os torcedores Avanti.
Por força contratual, o Palmeiras tem 100% da quantia arrecadada em bilheteria nos seus jogos. A WTorre repassa ao clube os valores dos ingressos das cadeiras definitivas, já embutidos no preço pago na compra das poltronas. O Avanti também oferece essa vantagem, mas de outra forma. O usuário só precisa fazer o "opt in" no site, o que pode lher dar até 100% de desconto no ingresso dependendo do plano utilizado.
Procurado pelo ESPN.com.br, o Palmeiras avisou que não se pronunciará oficialmente. A WTorre também não vai comentar o caso.
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