Valdivia durante entrevista em camarote na arena
(Foto: Felipe Zito)
Com contrato até o dia 17 de agosto, Valdivia não vai mais entrar em campo com a camisa do Palmeiras. Mas o chileno ainda frequenta normalmente a moderna arena do clube. Na última quarta-feira, o atleta recebeu a reportagem do Globo Esporte São Paulo em seu camarote pessoal no estádio e falou sobre os seus últimos dias como jogador do Verdão.
No bate-papo, Valdivia questionou a postura da diretoria do Palmeiras durante as negociações para a renovação do seu contrato e afirmou estar triste por deixar o clube.
– Esse papinho de "queremos que ele fique" foi só para fora. Para dentro era outra coisa – disse.
– Eu sou o primeiro a ficar triste por ter de ir embora – completou.
Durante a Copa América, Valdivia acertou contrato válido por dois anos com o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos. Livre no mercado desde fevereiro, quando poderia assinar um pré-contrato com qualquer equipe, o chileno recebeu propostas de Cruzeiro e Flamengo.
Para o jogador, a cúpula alviverde não admitiu publicamente o desejo de que ele não continuasse no clube com medo da reação dos torcedores.
– Posso dizer que a diretoria foi responsável pela minha não permanência. Eles não mostraram internamente o desejo que eles passavam para fora. Ouvi falar que o grande medo deles era que eu fosse para outro grande clube brasileiro e arrebentasse. E eu ia fazer isso mesmo. Porque ia ficar com raiva daquelas pessoas, mas não do clube – contou.
– Ainda (estou com raiva). Sinto que eles mentiram pelo fato de tudo o que foi falado, que queriam, que valia muito a pena, mas que teria de entrar no padrão de produtividade. Não é todo mundo que tem contrato de produtividade. Falaram que o salário que eu recebo hoje é muito alto, mas não é tudo isso. Tanto é que o presidente falou que se eu aceitasse ia ganhar mais do que ganho agora. Então sinto que mentiram muito – acrescentou o jogador.
17595 visitas - Fonte: GE