Há 95 anos, Palestra aplicava sua maior goleada em jogos oficiais: 11 a 0

8/8/2015 09:58

Há 95 anos, Palestra aplicava sua maior goleada em jogos oficiais: 11 a 0

Há 95 anos, Palestra aplicava sua maior goleada em jogos oficiais: 11 a 0

A última invenção esportiva do Palestra para a fabricação de 11 gols de um vez



Máquina simplicíssima e invisível (fechando os olhos) para fazer gol nas partidas

de grande importância




1 – Lugar de onde entra a bola

2 – Chaminés

3 – Projetor para distrair o goleiro adversário

4 – Gramofone para o mesmo fim, caso o goleiro não queira a projeção

5 – Ventilador... para fazer vento

6 – Depósito de carbono

7 – Marcador de pressão

8 – Transmissor

9 – Contador dos gols feitos

10 – Manivela (para cada gol, um giro inteiro na manivela)

11 – Lugar de onde sai a bola, que vai direto para marcar gol

12 – Espaço para se esconder... o inventor




O Palmeiras comemora neste sábado (8) o 95º aniversário da maior goleada oficial já aplicada em toda a sua história. Ainda com o nome de Palestra Italia, a agremiação esmeraldina balançou as redes do extinto Internacional de São Paulo por incríveis 11 vezes em partida válida pelo Campeonato Paulista de 1920. Em um período em que os placares elásticos eram mais comuns, a equipe liderada pelo zagueiro Bianco Gambini bateu o rival da capital por 11 a 0 e abrilhantou ainda mais a campanha que rendeu ao Palestra o primeiro título paulista da história do clube.







“Alguns clubes fundados na década anterior se consolidaram na década de 20 e, em algumas situações, a superioridade era muito latente. Aí aconteciam estas goleadas. No ano de 1927, por exemplo, houve várias goleadas por parte do Palestra, do Santos e de outras equipes”, observa o pesquisador palmeirense Miro Moraes. “O futebol era uma novidade e estava dando os seus primeiros passos. Existia um abismo técnico entre as equipes. No entanto, é bom que seja dito que o Internacional não era uma equipe qualquer: era um clube que tinha camisa e tradição, afinal, foi um dos participantes do primeiro campeonato oficial de futebol do Brasil, o Paulista de 1902, ao lado de Paulistano, Germânia, Mackenzie e SPAC”, conclui Miro Moraes.



Antes do histórico prélio, o Palestra Italia acumulava 100% de aproveitamento nos sete jogos em que havia disputado no Paulistão-1920. Derrotou o Corinthians (3 a 0), o Minas Gerais do Brás (3 a 1), o Mackenzie (7 a 0), o Santos (3 a 2), o São Bento (4 a 1), a Associação Atlética das Palmeiras (4 a 1) e o Ypiranga (1 a 0). E iria se reafirmar ante o Inter.



“A superioridade do Palestra foi manifesta do começo a fim”. Foi assim que um dos jornais da época descreveu a forma com que a equipe palestrina havia jogado naquele 8 de agosto de 1920: pressionando o adversário durante o tempo todo. De acordo com os periódicos, a arbitragem apitou de forma exemplar e limpa, e o Internacional teria assumido seu papel de subalterno. “Ah! Desculpem os leitores. Não nos obriguem a forçar nossa mísera memória. Com tanta fartura, não se guardam os incidentes. Diremos que Heitor fez seis ou sete; Ministro contentou-se com dois, e os outros... Os outros não lembramos. Faz de conta que foi do Imparato!”, publicou o jornal O Combate, noticiando o episódio no dia seguinte à partida.



O Parque Antártica, que havia sido adquirido naquele mesmo ano pela equipe palestrina, foi o palco do embate e testemunhou a fúria de Heitor, que até hoje ocupa o topo da lista de maiores artilheiros da história alviverde. Naquele dia, Heitor vazou a meta do rival em seis oportunidades! Ministro (duas vezes), Imparato I (duas vezes) e Caetano também deixaram os seus nomes na súmula para selar a goleada por 11 a 0.







Defendendo as cores do clube alviverde, apenas Heitor marcou tantos gols em um só jogo. Mais tarde, em 1927, o artilheiro igualaria o seu próprio recorde, marcando novamente seis vezes: a vítima seria o Corinthians de São Bernardo do Campo, e a goleada terminaria com vitória palestrina por 11 a 2.



“Eu soube do recorde recentemente. Tanto o meu bisavô quanto o meu outro avô não sabiam do feito. Foram os anos que formaram a história. Algumas coisas só se tornaram relevantes com o passar dos anos”, comenta Viviane Domingues, neta do craque Heitor Marcelino Domingues. “Não conheci o meu avô (Heitor), mas sei que a sua personalidade era respirar Palmeiras. Era amante do esporte como ninguém, não tinha rivalidade fora de campo e costumava se reunir em jantares com outros jogadores. Minha tia dizia que ficava maluca com tanto homem falando alto”, completou a neta de Heitor.



Outras emoções ainda se fariam presentes na vida do time palestrino durante aquele Paulistão de 1920. Na mesma edição do campeonato, o time iria somar outros triunfos diante de seus adversários – inclusive com nova goleada sobre o mesmo Internacional, desta vez por 6 a 1.



Apenas dois aspectos que ocorreram no certame foram tão emblemáticos para o Palestra Italia quanto os 11 a 0: deslocar 50.000 pessoas para o Parque Antártica em uma das finais contra o Paulistano (maior público que o estádio já recebeu na história) e se sagrar campeão pela primeira vez.



FICHA TÉCNICA

Palestra Italia 11 x 0 Internacional da Capital-SP

Data: 08/08/1920

Local: Parque Antártica, São Paulo-SP

Competição: Campeonato Paulista

Árbitro: Petronilho

Gols: Heitor (6), Ministro (2), Imparato (2) e Caetano

Palestra Italia: Primo; Bianco Gambini e Pedretti; Bertolini, Picagli e Mazzucchi; Caetano Izzo, Ministro, Heitor, Imparato I e Martinelli.

Internacional da Capital-SP: Borges; Lapa e Fonseca; Loschiavo, Octacílio e Alimare; Américo, Mathias, Quilim, Léo e Rodrigues.









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