Valdivia apenas cumpre o protocolo de treinos na Academia de Futebol
Valdivia não entrár mais em campo pelo Palmeiras. Sua camisa 10 já está com Lucas Barrios. Sua posição já tem Robinho como dono. A torcida já não canta mais seu nome no estádio. E o meia já tem malas prontas para atuar nos Emirados Árabes Unidos. Osório Furlan Júnior, que ficou famoso por ajudar o time a contratá-lo pela 2ª vez, no entanto, ainda não desistiu de recuperar o investimento que fez em 2010 para trazer o chileno de volta ao Palestra Itália.
O conselheiro vitalício ainda aponta que tem direito a reaver os 2,1 milhões de euros (nos valores atuais, aproximadamente R$ 8 milhões) que deu ao clube para realizar o desejo da administração da época para contratar o meia. Por isso, estuda o que poderá fazer para recuperar a quantia.
"Eu estou viajando a trabalho agora, coincidentemente, para o Chile. Eu não consegui recuperar e o Palmeiras não me fez proposta ou não falou nada. Quando voltar, no dia 16, espero ter alguma resposta. Eu quero saber se eles estão dispostos a me fazer recuperar isso daí. Mas, se não tiver resposta, eu vou ver o que eu posso fazer. Vou analisar como posso agir. Não posso te adiantar o que farei agora", afirmou o empresário em contato telefônico.
A atual administração do Palmeiras, no entanto, não tem preocupação com o caso. Os diretores entendem que não há base jurídica para a alegação de Osório. Valdivia sairá após o fim de seu vínculo, no dia 17 de agosto, e deixará os dois lados sem recuperar o investimento.
Osório não emprestou dinheiro ao clube. Ele comprou 36% dos direitos econômicos do ex-camisa 10 acreditando que conseguiria ter retorno após uma possível valorização do atleta atuando pela segunda vez no Brasil. Não foi o que aconteceu.
A saída de Valdivia é semelhante às saídas de outros atletas que deixam clubes após o fim do contrato. É o caso, por exemplo, de Wesley, que deixou o Palestra Itália com uma dívida ainda por quitar e já é atleta do São Paulo desde fevereiro.
O chileno não se importa com a polêmica. Ele só conta os dias para ir para os Emirados, para jogar no Al Whada. Só não foi porque não conseguiu a liberação do Palmeiras para deixar a Academia de Futebol. E não conseguiu justamente pela pressão de Osório, que tem direito, até o dia 17 de agosto, a participar das decisões do clube em relação ao futuro do meia.
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