Marcelo Oliveira viu time cair muito nas últimas rodadas (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
O Palmeiras chegou a três derrotas consecutivas no Campeonato Brasileiro ao perder para o ameaçado Coritiba, por 2 a 1, no Couto Pereira, na última quarta-feira. Uma guinada na trajetória da equipe que, há 20 dias, goleava outro candidato ao rebaixamento, o Vasco, também fora de casa, e encostava nos líderes da competição. Três rodadas depois, o cenário é oposto. A queda tem muito a ver com a lesão do volante Gabriel, que deixou o time órfão de uma bola de segurança.
A ausência do jogador influenciou o estilo de jogo do Palmeiras e tornou a equipe muito mais vulnerável no meio-campo. Principalmente nos contra-ataques pelas laterais e na recomposição defensiva. Andrei Girotto e Amaral, que seriam os reservas para a posição, não deram conta. Robinho foi escalado como volante contra o Coxa e escancarou ainda mais o meio-campo, que se tornou frágil.
Outro problema aparece na armação de jogadas. Com o sistema de marcação vulnerável, a armação sofre. Cleiton Xavier não se encontra taticamente e deixa confuso o técnico Marcelo Oliveira, que tem razão ao dizer que o time saiu dos trilhos. Afinal, em quem o comandante pode confiar para tornar o Verdão mais objetivo?
Meio-campo do Palmeiras contra o Coritiba: com Robinho de volante, time fica escancarado (Foto: GloboEsporte.com)
No início da temporada, o Palmeiras conseguiu controlar o lado psicológico e criar uma identidade após a total reconstrução do elenco. Ainda sob o comando de Oswaldo de Oliveira, teve paciência para encontrar o time ideal e chegar à final do Campeonato Paulista. Contra o Flamengo, na manhã do próximo domingo, os jogadores terão de dosar a ansiedade diante do estádio lotado e deixar para trás todos os erros acumulados nos últimos três jogos.
Os retornos de Lucas e Victor Ramos para as vagas de Nathan e Leandro Almeida, dupla que foi muito mal em Curitiba, deverão aumentar a segurança da defesa para encarar o time carioca, mas de nada adiantarão se Zé Roberto, provável substituto do suspenso Egídio, permitir que a lateral esquerda se torne uma avenida quando o adversário estiver com a bola. Experiência o veterano tem de sobra. Para isso, Robinho também precisa de desdobrar como volante, fazendo as eventuais coberturas de Zé sem sobrecarregar Arouca.
Robinho terá de se desdobrar para fazer a cobertura de Zé Roberto sem sobrecarregar Arouca (Foto: GloboEsporte.com)
O diálogo entre os jogadores e a cobrança interna, partindo das figuras mais experientes, como o goleiro Fernando Prass, é fundamental. O esquema tático é o mesmo ao qual todos estão acostumados desde janeiro. O desafio agora é resgatar a postura ofensiva e vibrante.
Flamengo neste domingo e Atlético-MG daqui a uma semana.
Nas duas próximas quartas-feiras, mata-mata contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil. O Palmeiras não tem tempo para pensar. A reação imediata é necessária para que a temporada não se perca. Elenco, comando forte e torcida presente, o clube tem de sobra. Resta remontar um agora bagunçado quebra-cabeça.
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