Luiz Felipe Scolari participou da abertura de um congresso sobre a psicologia no futebol, nesta quinta-feira, em São Paulo. Organizado pela psicóloga Regina Brandão, que trabalha com o treinador na Seleção Brasileira, a série de palestras começou com um discurso bem-humorado do técnico, citando sua mais recente passagem pelo Palmeiras.
“Conheci a Regina no Grêmio, em 1993, quando ela fez o perfil psicológico do meu grupo de trabalho. Depois disso, só não trabalhamos juntos na minha última passagem pelo Palmeiras, porque lá é muito difícil de entender psicologicamente”, afirmou o treinador, arrancando risos das pessoas presentes no evento.
Ao ver a reação do público, o treinador reforçou seu discurso.
“Posso falar, porque ali é minha raça, de italianos, pelo amor de Deus. Mesmo em uma empresa com dois irmãos um desconfia do outro...”, acrescentou o técnico, que dirigiu o Verdão pela última vez entre 2010 e 2012.
Apesar de ter conquistado o título da Copa do Brasil, Felipão participou de parte da campanha do rebaixamento do clube no Brasileirão de 2012. Em seguida, acabou retornando à Seleção Brasileira, retomando o trabalho conjunto com Regina Brandão. Durante o evento desta quinta, realizado em uma universidade da capital paulista, Scolari relembrou seu início de trabalho como treinador, justamente no clube em que foi ídolo como jogador, o CSA.
“Ainda hoje sou reconhecido no CSA como um grande jogador. Eu nunca fui, mas eles dizem que sim. Não sou lembrado como técnico lá. Hoje, todo mundo acha que pode sair de jogador e já ser técnico, sem buscar algumas informações a mais. Eu saí daquele grupo, em que era capitão, líder e campeão, para ser o técnico, mas não soube comandar o grupo e transmitir uma situação psicológica de comando”, comentou, para acrescentar.
“Na função de técnico, você passa a definir situações e, às vezes, as pessoas não entendem. Eu não fui bem no CSA. Fiquei seis jogos, perdi quatro, ganhei um e empatei um. Era ídolo, mas fui mandado embora. Isso mudou minha vida e vi que eu precisava conhecer mais a parte psicológica para direcionar meu trabalho”, recordou o gaúcho, que deixou a equipe alagoana em 1982.
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