O Allianz Parque foi palco de um grande jogo de futebol na manhã deste domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Em campo, Palmeiras e Flamengo travaram um duelo franco, ofensivo: o alviverde saiu na frente, levou a virada, conseguiu virar novamente o jogo e saiu com a vitória por 4 a 2. A parceria entre Alecsandro e Dudu apareceu no segundo tempo - os dois foram fundamentais na recuperação.
Além do ótimo espetáculo, o torcedor que compareceu à casa palmeirense pôde comemorar o fim do princípio de crise que assolou sua equipe: com o resultado, encerrou a sequência de três derrotas e foi a 31 pontos. A reação em um momento de adversidade com uma virada deve dar confiança para o segundo turno do Brasileirão, e deixa os comandados de Marcelo Oliveira na quarta posição, com chances de terminar o turno no G4.
O Flamengo esteve melhor durante boa parte do jogo, teve o domínio e chances de definir o resultado. Não aproveitou, vacilou na defesa e foi duramente castigado. Agora, fica com os mesmos 23 pontos com os quais começou a rodada, em posição intermediária na tabela.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS X FLAMENGO
Data/Horário: 16/8/2015, às 11h
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Árbitro: Igor Junio Benevenuto (MG)
Assistentes: Fabio Pereira (TO) e Bruno Boschilia (PR)
Cartões amarelos:Lucas (Palmeiras); Jonas, Jorge (Flamengo)
PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas (Lucas Taylor), Jackson, Vitor Hugo e Zé Roberto; Arouca e Andrei Girotto; Rafael Marques, Robinho (Cleiton Xavier) e Dudu; Alecsandro (Kelvin). Técnico: Marcelo Oliveira.
FLAMENGO: César; Pará, César Martins, Samir (Marcelo) e Jorge; Jonas (Ederson), Márcio Araújo e Alan Patrick; Everton, Sheik e Guerrero. Técnico: Cristovão Borges
FASES DO JOGO
1º tempo
Os primeiros minutos de partida foram particularmente feios: muitas divididas, bate e rebate no meio de campo e chutões. O gol, porém, saiu cedo, na bola parada: logo aos seis minutos, Zé Roberto cobrou escanteio e Jackson testou para as redes. 1 a 0 e festa da torcida do Palmeiras no Allianz Parque. O Flamengo tentou ir para o ataque, e por pouco não empatou. Jackson vacilou feio e entregou de graça para Guerrero; o peruano dividiu com Prass e caiu, pedindo pênalti, mas a arbitragem mandou seguir. O paulistas assustaram uma vez com cabeçada de Rafael Marques, para fora; os cariocas deram o troco com Guerrero, também de cabeça - Prass fez uma defesaça. O apito soou para o intervalo com o alviverde em vantagem, mas deixando o Fla com a bola no campo de ataque.
2º tempo
O Flamengo voltou para a segunda etapa pressionado, e assustou logo nos primeiros minutos. Em dois lances pela esquerda, a bola foi cruzada na área e a defesa conseguiu afastar depois de um perigoso bate e rebate. Não teve jeito: o merecido gol saiu aos cinco minutos: Sheik encontrou Ederson dentro da área, e o camisa 10 não perdoou. 1 a 1. A virada quase veio em seguida: Emerson, bem no jogo, acertou o travessão após cruzamento da direita. Na sequência, Ederson voltou a aparecer, dessa vez de cabeça, com muita liberdade: 2 a 1 Flamengo. O jogo ficou eletrizante: para tentar reverter o resultado, Marcela Oliveira colocou Cleiton Xavier - no primeiro lance o meia cabeceou, a bola bateu no peito de Samir e entrou - tudo empatado outra vez. O jogo ainda guardava mais emoções: depois de parecer derrotado, o Palmeiras acordou: em bela tabela na entrada da área, Dudu invadiu a área e recolocou os do nos da casa em vantagem fuzilando o gol de César.A partir daí tudo mudou, e o alviverde cresceu: o quarto gol veio com Alecsandro, aproveitando falha da zaga flamenguista: 4 a 2, e o primeiro gol do centroavante com a camisa verde. Números finais de um belo jogo de futebol no Allianz Parque.
DESTAQUES
Lances polêmicos
A partida teve dois lances bastante polêmicos: primeiro com Pará, depois com Guerrero, ambos drrrubados dentro da área. O primeiro foi pênalti claro; o segundo, discutível. Nenhum dos dois foi marcado.
Paródio
A torcida do Palmeiras criou sua própria versão do hino nacional do Brasil. A letra tem apenas duas palavras: meu Palmeiras. A "paródia" ecoou no Allianz Parque antes da partida.
Perseguição
Toda vez que Emerson Sheink pegava na bola, a torcida palmeirense não perdoava. Os insultos, sempre, homofóbicos.
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