Diego Aguirre é o "recordista" de permanência no desde 2005 (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)
Único técnico estrangeiro neste momento na Série A do Brasileiro, o colombiano Juan Carlos Osorio faz parte de um grupo pequeno: de treinadores de outros países nos principais clubes. Nos últimos 10 anos, foram apenas oito, e nenhum deles conseguiu completar uma temporada inteira.
O recordista é Diego Aguirre, que deixou o comando do Inter neste mês, após oito meses no Colorado. Conquistou o Campeonato Gaúcho, foi semifinalista na Taça Libertadores, mas deixou o Inter na 10ª posição no Brasileirão. Acabou demitido no dia 6 e substituído por Argel Fucks.
Para o chefe de reportagem Carlos Cereto, existe um certo preconceito contra os técnicos de outros países no futebol brasileiro.
- Existe um pouco de preconceito nosso, do Brasil, de torcedores, jornalistas e também dos jogadores. Os jogadores olham de um jeito diferente para o técnico estrangeiro. Há uma série de fatores. Acho que a língua atrapalha um pouco, mas existe um pouco de preconceito e menos paciência - afirmou.
O blogueiro David Butter, do GloboEsporte.com, acredita que existe uma certa "arrogância" no Brasil, depois dos títulos na Copa do Mundo.
- A impaciência vem um pouco do orgulho que a gente tem.
Depois de 1958, a gente ainda tem a síndrome de vira-lata atormentando, mas existe também um senso de autossuficiência, que estoura nessas horas. "Ninguém precisa ensinar à gente", "O Guardiola teria que ganhar três Brasileiros e duas Copas do Brasil para treinar a seleção brasileira".
O Atlético-PR é o clube que mais tem apostado nos "gringos". Nos últimos 10 anos, teve à frente do elenco o uruguaio Juan Ramón Carrasco, o espanhol Miguel Ángel Portugal e o alemão Lothar Matthäus. Nas nacionalidades, os uruguaios são os mais contratados: foram três dos oito.
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