Prass recebe camisa da diretoria do América-MG por ato de respeito ao não pisar em símbolo (Foto: Divulgação/AFC)
No último domingo, uma atitude de respeito e fair-play do goleiro Fernando Prass chamou a atenção durante a partida entre o Palmeiras e Atlético-MG, no Estádio Independência, do América-MG. Na hora de entrar em campo, o goleiro ajeitou o escudo do Coelho e teve a preocupação de pular por cima para não pisar no símbolo do rival, que nem está presente na primeira divisão do Campeonato Brasileiro – disputa a Série B.
No "Seleção SporTV" desta terça-feira, os comentaristas debateram a atitude do arqueiro. Para o filósofo Mário Sergio Cortella, foi um posicionamento louvável do camisa 1 alviverde.
– O símbolo é para boa parte das torcidas a identidade do clube. Essa ideia (de não pisar no símbolo) é um exemplo estupendo para as novas gerações. O mais interessante é quanto as crianças se espelham nos atletas em relação ao modo de conduta do dia a dia. Você trazer um exemplo desse dentro de sala de aula, para mostrar e dizer o que significa, o que é respeito ao adversário vale por uma razão. De nada adianta eu desrespeitar, profanar o que é símbolo do outro. Qual a vantagem que eu levaria? Pelo contrário. Todo mundo aplaude a capacidade de ser gentil. Ninguém em sã consciência diz que você precisa cuspir na bandeira alheia, pisar sobre ela. A gentileza e a capacidade de ser educado é um ótimo exemplo. Ele prestou atenção para respeitar aquele que está do outro lado. Um belíssimo sinal – disse.
Ex-companheiro de Prass no Vasco e também comentarista da TV Globo, Juninho Pernambucano, também exaltou a atitude do goleiro, que inclusive foi homenageado pela diretoria do América-MG pelo ato de respeito.
– Muita classe do Fernando Prass. Muita educação. Foi um gesto diferente. Conheço o Prass e sei que ele respeita muito as pessoas. Isso é típico de quem respeita o próximo – disse.
Paulo Massini, da rádio CBN, foi outro a considerar o gesto do camisa 1 do Palmeiras como especial. Na avaliação do jornalista, o goleiro entende que isso ultrapassa as quatro linhas.
– (Atitude) De quem tem um entendimento do que acontece ali, que não é só um jogo de futebol.
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