Há quem diga que uma equipe vencedora começa com um grande goleiro. A história do futebol prova que, de fato, as atuações do número 1 sempre rendem títulos e vitórias a times e seleções. Com Zetti não foi diferente. Com ele no gol, o São Paulo atravessou aquela que foi talvez a melhor fase de sua história, com os títulos da Libertadores e do Mundial Interclubes de 1992 e 1993.
Neste sábado, dia do goleiro, Zetti prestará uma homenagem aos colegas de ofício. A academia "Fechando o Gol", criada pelo ex-jogador em 2008, irá reunir mais de 300 goleiros no Estádio do Ibirapuera, em São Paulo, a partir das 8h. A entrada será aberta ao público. O acesso ocorrerá com a doação de um agasalho.
"A ideia é juntar o maior número de goleiros treinando ao mesmo tempo. E junto com nomes consagrados do futebol brasileiro, faremos um grande trabalho e uma homenagem justa a todos que amam a posição", disse Zetti.
Além dos alunos da escolinha, estarão presentes jogadores que fizeram parte da história do futebol brasileiro. Waldir Peres, Carlos e Gilmar, que brilharam nas décadas de 1970 e 1980, participarão da homenagem. Ronaldo, Velloso e Sérgio, contemporâneos a Zetti, também irão marcar presença. Jogadores de linha, como Raí, Edmílson, Belletti, Caio, Neto e Mauro Silva acompanharão os treinamentos.
Zetti começou a carreira profissional no Palmeiras, aos 17 anos, em 1983, após passar pelas categorias de base do Capivariano e do Guarani. No começo de 1987, já como titular do time treinador por Valdemar Carabina, o goleiro ficou 1.238 minutos em sofrer gols. No ano seguinte, contudo, Zetti quebrou a perna em uma disputa de bola com o atacante Bebeto, futuro companheiro na seleção brasileira.
Em 1990, Zetti foi emprestado ao São Paulo. No clube, viveu a melhor fase da carreira, conquistando o bicampeonato paulista de 1991 e 1992, o Campeonato Brasileiro de 1991, além dos títulos continentais e mundiais de 1992 e 1993. Na primeira conquista da Libertadores, defendeu a cobrança decisiva do zagueiro Gamboa, do Newell's Old Boys.
As atuações levaram Zetti à seleção brasileira. No grupo de Carlos Alberto Parreira, sagrou-se tetracampeão do mundo nos Estados Unidos. Em 1996, transferiu-se para o Santos, onde ficou por três temporadas, até acertar com o Fluminense. A carreira de Zetti foi encerrada em 2001, após breves passagens pelo União Barbarense e o Sport.
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