Há exatos 20 anos, o Palmeiras aplicava aquela que até hoje é a maior goleada sofrida pelo Boca Juniors em Libertadores. Em 9 de março de 1994, diante de 19 mil torcedores no Palestra Itália, a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo venceu o agora hexacampeão continental por 6 a 1. Os gols alviverdes foram marcados por Cléber, Roberto Carlos, Edílson, Evair (duas vezes) e Jean Carlo. Martinez, de pênalti, descontou para os argentinos.
- Aconteceu tudo dentro do que a gente tinha programado. Deu tudo certo para a gente. Se a gente chutasse torto, a bola entrava naquele dia (risos). O Boca já era um velho conhecido por todos os times brasileiros, era uma equipe fortíssima e que viera com grande expectativa também. Mas não deu. A noite foi nossa seis vezes - disse o ex-camisa 8 do Verdão, Mazinho, que teve atuação de destaque na partida.
Aquela edição de Libertadores era a primeira disputada pelo grupo alviverde que acabara de sagrar-se campeão paulista e brasileiro em 1993. A equipe de Luxemburgo estreou com vitória sobre o Cruzeiro antes de golear o Boca Juniors em casa. Depois, ainda pela fase de grupos, derrotou o argentino Vélez Sarsfield (que viria a ser o campeão) por 4 a 1. A campanha palmeirense, no entanto, parou nas oitavas, após eliminação para o São Paulo.
- Tínhamos tudo para ir mais longe. Mas, infelizmente, fomos eliminados nas oitavas. Foi uma pena. Enfim, procuramos fazer o nosso melhor - completou Mazinho.
A boa atuação do ex-volante diante do Boca Juniors o levou de volta à seleção brasileira após três anos e, consequentemente, o credenciou para a Copa do Mundo de 1994, vencida pelo Brasil, nos Estados Unidos.
- A torcida do Palmeiras teve um peso importante. Eles começaram a gritar ‘Mazinho é seleção’. A imprensa também comentou bastante. Enfim, foi um jogo muito especial para mim, foi o melhor da minha carreira. Fiz uma partida completa - disse o ex-jogador, que naquele ano, logo após o bicampeonato paulista, transferiu-se para o Valencia, da Espanha.
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