Alan Kardec está de malas prontas para pular o muro (Foto: Eduardo Viana)
Um atacante feliz da vida, identificado com a torcida, com valor de compra acertado em Portugal, e sem concorrentes. Esta era a situação confortável do Palmeiras, há cerca de dois meses. Carlos Miguel Aidar ainda nem era presidente do São Paulo.
Bastava sentar com Alan Kardec e acertar salários, situação que os envolvidos de ambos os lados acreditavam ser o mais simples. O Palmeiras fez suas contas e não conseguiu bater o martelo quando nenhum rival estava de olho no artilheiro, com dez gols neste ano.
A demora atraiu a concorrência. A situação que era confortável tornou-se extremamente complicada, de acordo com relatos de dirigentes importantes do Alviverde. O que custava 4 milhões de euros já custa 4,5 milhões. O salário que poderia ter sido de R$ 220 mil já chegou aos R$ 300 mil. E o desgaste torna o negócio mais complexo do que o simples: “paga tudo aí e fecha”.
O estafe de Kardec está claramente insatisfeito com quem demorou dias e dias numa negociação, enquanto que está feliz da vida com o rival que prontamente o atendeu. Cabe a Paulo Nobre, que criou o problema, resolvê-lo.
O Palmeiras tem duas saídas: contornar a crise com os representantes do atacante e abrir o bolso; ou passar vergonha. Pois se, depois de acertar com o Benfica, o Verdão perder seu artilheiro para um rival, não há outra palavra: vergonha.
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